Amazonas – A empresa que recebeu mais de R$2 milhões do prefeito Lúcio Flávio (PSD) do município de Manicoré, para a construção de um campo de Futebol Society na comunidade rural, do bairro Alto, está sendo alvo de investigação do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). A vencedora da licitação tem um histórico polêmico de superfaturamento de obras desde 2009.

A contratada trata-se da Plastiflex Empreendimentos da Amazônia Ltda e já foi citada em uma ação de 2014 do MPAM, que pede à devolução de R$ 23,6 milhões aos cofres públicos referentes a cinco contratos, entre cinco empresas, feitos pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra). Os contratos em questão, teriam sido firmados em 2009 na gestão da então secretária Waldívia Alencar.

Conforme as investigações do MP, a Plastiflex e outras quatro empresas teriam firmado contratos irregulares com a Seinfra, que resultou em grandes prejuízos aos cofres públicos.

Na época, a Plastiflex havia sido contratada para execução de obras viárias no município de Novo Aripuanã, interior do Amazonas.

Em 2019, uma decisão da 3ª Vara da Fazendo Pública de Manaus bloqueou R$ 47,2 milhões de dois ex-secretários da Seinfra e de cinco empresas em ação do MPAM. Na ocasião, a Plastiflex e o empresário Aydamo Campos – sócio da empresa – tiveram R$ 4 milhões retidos.

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas identificou irregularidades, após a devida Prestação de Contas, e apresentou um “Laudo Técnico Conclusivo” apontando a necessidade de ressarcimento ao erário.

No Portal da Transparência, da Prefeitura de Manicoré, na sessão “Editais e Contratos de Licitações” só constam dados referentes ao ano de 2022, o que pode resultar em procedimento investigatório administrativo.

A investigação visará a verificação das irregularidades dos procedimentos de licitação e o super faturamento da obra.