Nem tudo foi diversão durante os dois dias do #SouManaus Passo a Paço 2023. A realização do evento vem colecionando inúmeras polêmicas, desde a venda de ingressos e desvalorização dos artistas locais.
Denúncias feitas mostraram que vários empreendedores do ramo de gastronomia que trabalharam durante o festival tiveram prejuízo de até R$ 5 mil por não conseguirem vender seus produtos durante a feira gastronômica do evento.
Segundo os comerciantes, o prejuízo se deu pela falta de organização da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), responsável pelo festival. Eles pagaram entre R$ 2 mil e R$ 5 mil para colocarem suas bancas de venda no evento, mas a maioria chegou a faturar somente R$ 700.
Diversas pessoas relataram à reportagem que se estivesse com uma pulseira do front stage não poderia sair do respectivo setor para comer em outro lugar sem aviso prévio, por orientação da Manauscult. Com isso, vários comerciantes no setor de gastronomia ficaram sem vender seus produtos durante o #SouManaus Passo a Paço 2023.
Importante ressaltar que, no edital de gastronomia da Manauscult, era previsto que cada barraca tivesse 500 refeições por dia. No entanto, a maioria dos comerciantes não vendeu sequer 100 refeições no primeiro dia do festival, na última terça-feira (5), que segundo a Prefeitura de Manaus, contou com a presença de 150 mil pessoas.
Uma das comerciantes afetadas pela falta de organização da Manauscult foi Silvia Santana, do empreendimento Chapa Mix. Ela contou que muitos alimentos na sua barraca ficaram estragados e criticou a organização do evento.
“Deram a ilusão para nós de que venderíamos muito, e foi pra isso que nos preparamos. E não ocorreu. Além de ter condições de preparar 500 refeições por dia, ainda tínhamos que ter reserva de material para suprir uma demanda que não existia. Foram 25 quilos de batatas e cenouras. 10 quilos de cebola no lixo e várias comidas azedas na minha barraca”, disse.
Vale ressaltar que nessa quarta-feira (6), segundo dia do evento, a prefeitura registrou a presença de 70 mil pessoas, abaixo do esperado. Entretanto, as pessoas foram impedidas de trafegar de um setor para o outro, prejudicando o trabalho dos empreendedores na feira gastronômica.