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Em um mês, SEDUC paga R$ 9,9 milhões à empresa suspeita de fraude e lavagem de dinheiro

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Mesmo sob suspeita de fraudes em licitação, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, a empresa Sudu Inteligência Educacional Ltda segue recebendo pagamentos milionários do governo do Amazonas comando por Wilson Lima.

Somente em abril deste ano, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (SEDUC-AM) repassou R$ 9,9 milhões à empresa alvo de uma operação da Polícia Federal no Acre por um esquema criminoso envolvendo a compra de máscaras durante a pandemia de COVID-19.

A operação da PF, deflagrada em outubro de 2024, apura o direcionamento ilícito de uma licitação da Secretaria de Saúde do Estado do Acre (SESACRE) para a aquisição de 500 mil máscaras cirúrgicas descartáveis. As investigações revelaram que a Sudu foi beneficiada por um conluio entre empresários e agentes públicos, que manipularam a concorrência por meio da combinação prévia de preços.

Além da violação à competitividade do certame, os investigadores identificaram indícios de lavagem de dinheiro. Parte dos recursos públicos obtidos com o contrato teria sido movimentada em operações financeiras destinadas a ocultar sua origem ilícita.

Além da lavagem de dinheiro, haveria, ainda, suspeitas de que a maior parte das máscaras sequer tenha sido entregue, gerando um possível prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres públicos do Acre.

Contrato milionário com o governo do Amazonas

Apesar das acusações graves, a empresa continua a manter contratos de alto valor com outros entes federativos. No Amazonas, a Sudu firmou contrato com a SEDUC-AM em 2023 para o fornecimento de material didático-pedagógico baseado em inteligência artificial, por meio do projeto “Edtech Brasil”, voltado a estudantes do ensino médio da rede pública estadual.

O valor global do contrato é de R$ 39 milhões, dos quais quase R$ 20 milhões já foram pagos entre 2024 e os primeiros meses de 2025. Não há, até o momento, qualquer indício de que o governo estadual tenha instaurado procedimento para reavaliar ou suspender a execução do contrato, mesmo diante das evidências já tornadas públicas na investigação da PF.

*Com informações portaldoalexbraga

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