Autoridades norte-americanas voltaram a manifestar preocupação com a liberdade de expressão no Brasil, nesta quinta-feira, 29. Em publicação oficial, o Bureau para Assuntos Ocidentais dos Estados Unidos (EUA), vinculado ao Departamento de Estado, divulgou mensagem sobre o tema, em português.
“Que fique claro: nenhum inimigo da liberdade de expressão dos americanos será perdoado”, escreveu o órgão, na rede social X.
A mensagem surge depois de declarações do secretário de Estado, Marco Rubio, que, há uma semana, apontou uma “grande possibilidade” de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ser alvo de sanções por parte dos EUA, com base na Lei Magnitsky.
Que fique claro: nenhum inimigo da liberdade de expressão dos americanos será perdoado. https://t.co/G6jn0AO6PG
— Bureau of Western Hemisphere Affairs (@WHAAsstSecty) May 29, 2025
A Casa Branca já havia sinalizado punições, como a suspensão de vistos para autoridades consideradas violadoras dessa liberdade.
O post dos EUA e tentativas diplomáticas
O texto divulgado pelo Bureau faz referência direta a uma publicação anterior de Marco Rubio. Ele reforçou o compromisso do governo de Donald Trump em adotar medidas contra aqueles que, segundo avaliação norte-americana, atentem contra a livre expressão. Em fevereiro, o mesmo departamento classificou o Brasil como promotor de censura.
Além disso, a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos compartilhou a postagem do Bureau. Depois dos comentários de Rubio, a embaixadora brasileira, Maria Luiza Viotti, buscou interlocução no Departamento de Estado, a fim de convencer Washington a não avançar nas possíveis sanções. Até o momento, o Itamaraty não obteve êxito em alterar o posicionamento norte-americano.