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Em aceno a evangélicos e de olho nas eleições 2022, Lula se reúne com líder da Assembleia de Deus

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Buscando se aproximar do eleitorado evangélico, principal base de apoio do governo Jair Bolsonaro segundo pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na semana passada, no Rio, com o bispo Manoel Ferreira, líder da Assembleia de Deus de Madureira, uma das principais denominações do país. Ferreira tem manifestado apoio a Bolsonaro desde as eleições de 2018, mas antes foi aliado do governo Lula e chegou a apoiar publicamente a reeleição de Dilma Rousseff (PT) em 2014.

Segundo aliados de Ferreira, o encontro foi uma “visita de cortesia” articulada pelo deputado estadual André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A reunião ocorreu em um sítio de Ceciliano, no interior do estado, antes de Lula seguir para sua agenda oficial no Rio – que incluiu um almoço com o prefeito Eduardo Paes (PSD), na sexta-feira, e conversas com lideranças de esquerda na quinta-feira e no fim de semana.

A imagem do encontro foi compartilhada na quarta (16) por Anthony Garotinho, ex-governador do Rio e primeiro presidenciável evangélico competitivo que o país teve, em 2002. Naquele pleito, quem venceu foi o PT, e com apoio de nomes evangélicos que hoje se dizem alérgicos ao partido, como o pastor Silas Malafaia e o bispo Edir Macedo.

A fotografia de Manoel e Lula ativou o desconfiômetro, entre pares evangélicos, de que a Assembleia de Deus Madureira poderia estar preparando terreno para uma reaproximação com o PT, sobretudo após o favoritismo detectado por pesquisa Datafolha de seu provável candidato à Presidência.

Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, dá voz à má impressão sobre a foto de Manoel.

“Como é que um líder da envergadura dele, que sabe muito bem que o governo Lula foi o mais corrupto da história política do país… Lamento que um líder ainda vá se encontrar com ele”, diz à Folha de SP. “Não sei que Bíblia que ele usa, só posso ficar admirado. Mais nada. Aí não adianta mandar nota, dizer que apoia Bolsonaro. É um negócio muito estranho na minha visão. Encontros secretos que ninguém sabe não me cheiram bem.”

*Com informações da Folha de SP

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