Menu

Dom e Bruno: após prisão de Colômbia, PF investiga mais suspeitos

WhatsApp
Facebook
Telegram
X
LinkedIn
Email
Polícia também busca identificar se há mandante e qual a real motivação para o crime contra indigenista brasileiro e jornalista britânico

Após a prisão de mais um suspeito de envolvimento no assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, a Polícia Federal informou que as investigações seguem para identificar a presença de mais envolvidos no caso, mandantes e a real motivação para o crime.

Nessa quinta-feira (7/7), a PF prendeu o peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia. Ele foi detido após apresentar um documento falso para a polícia, em Tabatinga.

Uma das linhas de investigação aponta que Colômbia estaria incomodado com a atuação do indigenista. Bruno Pereira chegou a apreender barcos e peixes que pertenciam à quadrilha. O lucro da pesca ilegal de pirarucus e tracajás — espécie parente da tartaruga comum na Amazônia — seria apenas um meio de lavar o dinheiro do narcotráfico.

Rubens Villar Coelho teria ainda ligação direta com os dois irmãos presos pela PF: Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Um tio de Amarildo, que atua como líder comunitário, também é apontado como “funcionário” de Colômbia.

A PF explicou que, no momento, as investigações ocorrem em conjunto com o processo de reprodução simulada dos fatos, no qual os peritos remontam toda a dinâmica do crime para checar se as informações batem com os depoimentos e provas materiais coletadas.

Dom e Bruno foram executados a tiros em 5 de junho na reserva indígena Vale do Javari. Amarildo da Costa de Oliveira, 41, ou Pelado, Jefferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, e Oseney da Costa de Oliveira, 41, conhecido como Dos Santos, estão presos.

Prisão preventiva

Se encerra nesta sexta-feira (8/7), o prazo para a Justiça analisar o pedido de conversão da prisão temporária de Amarildo, Jefferson e Dos Santos em preventiva. A expectativa da PF é que a prisão dos suspeitos seja mantida enquanto as investigações avançam.

Outro recurso que a ser analisado pela Justiça é a mudança na competência sobre o inquérito que apura o crime. Na quinta-feira, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) “declinou da competência do processo” pela relação do caso com os direitos indígenas, que seria atribuição da esfera Federal.