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Djidja Cardoso: Polícia Civil investiga envolvimento de suposta seita em morte de avó de ex-sinhazinha

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Abertura de inquérito foi confirmada por delegado em entrevista na TV

A Polícia Civil irá investigar as circunstâncias da morte da avó da ex-sinhazinha do Boi Garantido Djidja Cardoso. Após a morte de Djidja na última terça-feira, as autoridades do Amazonas deflagraram uma operação contra uma suposta seita formada por familiares da ex-sinhazinha e funcionários de um salão de beleza por suspeitas de crimes como tráfico de drogas e estupro de vulnerável.

A abertura do inquérito para apurar a morte foi confirmada pelo delegado Cícero Túlio, do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), em entrevista a TV A Crítica, neste sábado. Um áudio nas redes socais atribuído a familiares de Djidja Cardoso levantou a suspeita de envolvimento de membros da seita na morte da avó, que teria sido drogada após reclamar de dores.

— Não há indiciamento ainda. Estamos em uma fase preliminar de colheita de informações, oitivias e elementos indiciários. Em relação aos áudios que circulam nas redes sociais, nós temos conhecimento e estamos aferindo não só a autenticidade, como também as pessoas ali referidas — disse o delegado Daniel Antony, da Delegacia Especializada de Homicídios e Sequestros.

A mãe de Djidja, Cleusimar, e o irmão, Ademar, foram presos nesta quinta-feira, por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Ele também foi alvo de um mandado por estupro.

— Diversas pessoas já foram ouvidas no decurso da investigação. Duas pessoas relataram fatos criminosos que levam a crer na possibilidade prática de estupro de vulnerável. Inclusive, com a possibilidade de ter acontecido um aborto com uma dessas garotas — disse o delegado Túlio Cícero.

Os mandados de prisão também foram expedidos contra três funcionários da rede de salões Belle Femme, comandada pela família. As investigações apontaram que uma ex-parceira de Ademar foi uma das vítimas da seita, que fazia uso de ketamina, uma droga com efeitos alucinógenos, com o intuito de “transcender para outra dimensão”.

— Ao longo das investigações, tomamos conhecimento de que Ademar também foi responsável pelo aborto de uma ex-companheira sua, que era obrigada a usar a droga e sofria abuso sexual quando estava fora de si. A partir desse ponto, as diligências se intensificaram e identificamos uma clínica veterinária que fornecia medicamentos altamente perigosos para o grupo da seita — afirmou.

O local onde a família vivia e as vítimas haviam sido mantidas foi descrito pelo delegado como um lugar que cheirava à podridão. Segundo Cícero Túlio, ao longo das operações nas unidades da rede, foram encontrados centenas de seringas, algumas prontas para serem usadas, além de doses da droga.

— Outras duas pessoas relataram essa situação do estupro, principalmente por terem sido dopadas durante o ato sexual e não se lembrarem nada sobre aquilo. Algumas delas permaneceram despidas por vários dias, sem sequer tomar banho, em uma situação de cárcere privado. Inclusive, no momento que adentramos naquela residencia, o cheiro de podridão era muito forte.

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