O Capitão Alberto Neto (PL) continua com dois mantras diários que são reforçados constantemente nas redes sociais, nas agendas de rua e em entrevistas. O primeiro é que ele é o candidato apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro (PL) e o segundo é que ele não irá desistir de ser candidato para formar uma chapa com Roberto Cidade (União).

Alberto Neto tem uma missão difícil nos próximos 50 dias, uma missão considerada quase impossível.

O fato de ter convencido Bolsonaro, orientado por Alfredo Nascimento, a apoiar sua candidatura e dar uma pernada em Coronel Menezes (Progressistas), não chega nem perto de convencer o mandatário do PL no Amazonas a fazer campanha em Manaus sem o apoio da máquina pública estadual.

A máquina federal está com Marcelo Ramos (PT), a municipal está na reeleição de David Almeida e a estadual está com Roberto Cidade, onde Alberto mira, pois também faz parte do grupo do governador.

Nos bastidores, é fato que Alfredo Nascimento só cederá efetivamente o partido para Alberto Neto ser candidato se ele tiver o apoio do governador Wilson Lima (União) e da máquina estadual.

Aqui está o problema: como Alberto não decolou com o apoio e a vinda de Bolsonaro a Manaus, Roberto ganhou força com o governador e com o grupo de deputados e vereadores que apoiam sua indicação como candidato do grupo.

Além disso, pesa contra ele o fato de estar tecnicamente empatado com Roberto Cidade, com ambos oscilando na terceira colocação, ou seja, ele não decolou nem abriu uma frente que justifique a desistência de Cidade.

Nos últimos 13 levantamentos eleitorais registrados, realizados de fevereiro a maio por nove institutos de pesquisa diferentes, eles apresentam um empate técnico.

Por isso, nos bastidores, é dado como certo que apenas um deles será candidato. Os dois saindo separadamente encaminham uma eleição para ser disputada em segundo turno entre David Almeida e Amom.

Já há movimentações para que esse movimento ocorra ainda este mês, porque o tempo está passando e os números permanecem inalterados.