O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Roberto Barroso, disse a jornalistas, em Campinas (SP), nesta 2ª feira (17.fev.2025) que uma eventual denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será apreciada pelo Tribunal “com seriedade, examinando provas”. Também defendeu que a sua visão no direito não é politizada, portanto, o julgamento também não teria um viés.
“Se o procurador-geral da República vier a oferecer denúncia contra quem quer que seja, o Supremo vai apreciá-la como deve apreciar tudo na vida, com seriedade, examinando as provas. O processo penal, sobretudo, é prova. Se tem prova, você decide num sentido, se não tem prova, você decide num outro”, afirmou.
Segundo o presidente da Corte, em quase 12 anos como ministro do STF, a sua visão foi fundada “no que é certo, justo e legítimo”, e não em uma visão politizada. Defendeu que essa posição –a sua– é a mesma que o STF deve seguir.
“É claro que há uma dimensão política em certos assuntos, mas a minha visão na vida, em meus quase 12 anos no Tribunal é: está certo, está certo, está errado, está errado. Portanto, a minha visão do direito em geral não é uma visão politizada, é uma visão fundada na integridade, no que é certo, justo e legítimo. É isso que eu acho que o Tribunal deve fazer”, afirmou.
O parecer de Gonet sobre as provas apresentadas pela PF (Polícia Federal) no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022 é esperada desde o retorno do Ano Judiciário, em 3 de fevereiro de 2025. Os investigados foram indiciados pela PF pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.
*Com informações Poder360