O delegado Adriano Félix da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), preso pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Jeremias 22:17 foi solto após decisão do Tribunal de Justiça de Roraima.
Ex-titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), Félix é investigado pela polícia por suspeita de sequestrar e torturar um homem no município de Caracaraí-RR.
A decisão foi da juíza Noêmia Cardoso, que entendeu não possuir mais risco de o delegado interferir na coleta de provas, fato que motivou a sua prisão. Na mesma decisão, a justiça manteve a prisão dos policiais civis do Amazonas Álvaro Tiburcio Steinheuser e Edmilton Freire dos Santos, do policial militar de Roraima Jan Elber Dantas Ferreira e do empresário Lidivan dos Santos Reis.
A vereadora de Caracaraí, Adriana Souza dos Santos, a Adriana da Civil (Republicanos), também foi presa por suspeita de envolvimento no crime. Ela teve a prisão revogada pela justiça e suspendeu o exercício de suas funções públicas, tendo em vista que Adriana é escrivã da Polícia Civil de Roraima.
Entretanto, a justiça determinou que Adriano Félix deverá cumprir medidas cautelares, como o afastamento imediato das suas funções como delegado da Polícia Civil do Amazonas. A PC-AM informou que está à disposição para prestar todos os esclarecimentos.
Investigação
Segundo a PF, o crime ocorreu em fevereiro de 2023. As investigações apontam que todos os envolvidos formaram um grupo criminoso para escoltar cargas de minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami, prestar serviços de segurança de forma clandestina e apurar a ocorrência de roubos de cargas de forma paralela à atuação estatal.
A investigação aponta ainda que na busca de um suposto roubo de cassiterita, os policiais do Amazonas sequestraram e torturaram o homem em Roraima para que ele indicasse o destino da carga.