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Decreto do IPI pode deixar 1,1 mil trabalhadores desempregados em Presidente Figueiredo

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A medida inviabiliza a produção desse insumo no Amazonas, que concentra 95% da produção brasileira de refrigerante e atende somente 5% dos fabricantes que estão fora do estado.

Mais de mil trabalhadores podem ficar desempregados no município de Presidente Figueiredo se for mantido o Decreto 11.052/2022, do governo federal, que zera a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os concentrados de refrigerantes.

Esses empregos são gerados pela Agropecuária Jayoro, empresa que planta cana-de-açúcar e guaraná, matérias-primas que mais tarde são transformadas em açúcar, álcool e extrato de guaraná, insumos que são a base dos concentrados de refrigerantes. E, a medida do governo federal, inviabiliza essa produção.

A prefeita do município, Patrícia Lopes, reforçou o apelo à bancada federal do Amazonas, para tentar barrar a medida, que segundo ela, vai desempregar de uma vez só, mais de 1,1 mil trabalhadores, impactar fortemente o setor comercial e reduzir a arrecadação do município, gerando situação de caos social.  

“Essa é uma situação que muito me preocupa. Além dos empregos diretos e indiretos, a Agropecuária Jayoro dá oportunidade para mais de 30 jovens por meio do programa menor aprendiz. Isso quer dizer, que mais de mil pessoas, pais e mães, chefes de família, ficarão desempregados, com isso suas famílias passarão necessidades e serão mais de mil pessoas que deixarão de consumir no comércio local e vão precisar de ajuda assistencial do poder público para sobreviver”, explicou.

Patrícia Lopes informou que já começou a fazer contato com a bancada federal do Amazonas na Câmara e no Senado, para buscar ajuda no sentido de reverter o decreto presidencial.

De acordo com ela, é preciso encontrar uma forma de reverter essa situação, para que o município de Presidente Figueiredo não seja tão atingindo, nesse momento tão difícil em que estamos vivendo, tentando nos reerguer, após dois anos de pandemia da covid-19, assim como todo estado do Amazonas que será duramente atingido na sua principal matriz econômica, que é a Zona Franca de Manaus (ZFM).

Até a edição do novo decreto presidencial, a alíquota do IPI sobre concentrados para fabricação de refrigerantes era de 6%, agora foi zerada, com isso, as empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus, que já eram isentas do imposto, perdem a competitividade.

A medida inviabiliza a produção desse insumo no Amazonas, que concentra 95% da produção brasileira de refrigerante e atende somente 5% dos fabricantes que estão fora do estado.

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