Manaus – Ganhar recursos sem prestar o devido serviço, é esta a regra que a Prefeitura de Manaus tem adotado em relação a implantação dos radares eletrônicos – os populares ‘corujinhas. Desde que o Consórcio Manaós Monitoramento ganhou a licitação para implantar os equipamentos na capital, já tem empenhado R$ 614 mil da gestão do prefeito David Almeida. No entanto, a empresa ainda não colocou os equipamentos para fiscalizar o trânsito, conforme prometido em maio pelo próprio prefeito da cidade.
Em 1º de julho, foram expedidas duas notas de empenho em favor da empresa Newtesc Tecnologia e Comércio nos valores de R$ 203.528,38 e R$ 411.294,37.
A instalação dos equipamentos e sinalização foi finalizada no final de maio e o período de educação e orientação dos condutores sobre os equipamentos deveria durar 90 dias, ou seja, no final de agosto. Em tese, em setembro os equipamentos deveriam entrar em operação, no entanto, ainda não há nenhum sinal do funcionamento dos corujinhas. O custo total dos serviços é de R$ 23,7 milhões aos cofres do município.
A falta de informação sobre os “corujinhas” pode levantar duas hipóteses: ou a Prefeitura pretende iniciar a aplicação de multas sem avisar a população ou a gestão vai adiar a aplicação de multas de olho no período eleitoral.
Licitação
Até o momento sete ‘corujinhas’ já foram instalados na capital. Todos na avenida do Turismo, zona oeste de Manaus. No entanto, quem transita pela cidade, percebe vias onde geralmente ocorrem mais acidentes são as avenidas Torquato Tapajós, Autaz Mirim, Djalma Batista, entre outras mais perigosas.
A empresa responsável pela implantação dos equipamentos, Consórcio Manaós Monitoramento, foi criada em julho de 2023, e compreende as empresas Comatech da Amazônia, Newtesc Tecnologia e Comércio, além da pessoa física Leonardo Urbano Arem.