O caso do anestesista Giovanni Quintella, que foi flagrado em vídeo colocando o pênis na boca de uma mulher desacordada durante o parto, causou espanto até mesmo na polícia.
A delegada Bárbara Lombada, responsável pelo caso e que investiga o suposto estupro de outras cinco mulheres além da vítima do vídeo, classificou Giovanni como um “criminoso em série”.
Ela disse que a gravação analisada e o depoimento da equipe médica que desconfiou da conduta dele e decidiu gravar a cirurgia com um celular escondido, mostram que o médico planejava os crimes compulsoriamente.
“Diante da repetição das ações criminosas, das características de compulsividade que se observam e da possibilidade de várias vítimas feitas naquelas condições, podemos afirmar que se trata de um criminoso em série”, declarou em entrevista do G1.
O homem dopava completamente as mulheres, algo que é incomum em partos cesáreos, e se aproveitava da vulnerabilidade delas sem intimidar com a presença de outros profissionais que estavam a poucos metros de distância.
Ela acredita que ele pode ter feito muitas outras vítimas antes de ser preso, já que atuava como anestesista desde abril deste ano em três hospitais diferentes no Rio de Janeiro.
Giovanni permanece preso e teve a prisão temporária convertida em preventiva e está com o registro médico suspenso. O caso gerou revolta em todo o país e tem sido um dos principais assuntos na imprensa desde o início da semana, quando o vídeo do estupro foi divulgado.