A criança autista de 9 anos, que morreu na madrugada da última quarta-feira (30), vítima de espancamento, já sofria maus-tratos por parte da mãe de 28 anos, e dos padrasto, de 22 anos, há mais de um ano, segundo a polícia.
O laudo pericial do Instituto Médico Legal (IML) constatou que a vítima teve hemorragia interna, anemia aguda por trauma e lesões no abdômen como fígado e o baço dilacerados.
A delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), contou os detalhes que o menino sofreu nas mãos dos tutores antes de morrer, e que as agressões eram constantes e já duravam há mais de um ano.
“No corpo da criança tinham marcas de lesões antigas, que mesmo pra quem é leigo, sabe que essa criança era maltratada e negligenciada. Com o passar do tempo o menino foi definhando e acabou tendo dificuldade para se locomover, não por conta do autismo, mas pela agressão”, explicou.
As imagens antigas da vítima mostrava um menino saudável, mas com o tempo ele foi emagrecendo e tinha dificuldade para andar.
“A criança sempre brincava com o irmão e tinha uma boa desenvoltura, e de repente começou a emagrecer e parar de andar. A mãe tirou o remédio controlado por conta própria, dizendo que o menino tinha reações violentas, mas isso foi negado por todos que conviviam com a criança”, afirmou.
A mãe e o padrasto da vítima estão presos temporariamente na Depca.