Na terça-feira (19), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs ouviu Ritaumaria Pereira, diretora-executiva do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Durante o depoimento, Ritaumaria afirmou que 57% do orçamento médio da organização, que totaliza cerca de R$ 14 milhões por ano entre os anos de 2007 e 2022, provém de fontes internacionais.
Em resposta às perguntas dos senadores, Ritaumaria garantiu que os financiadores estrangeiros da ONG não condicionam os recursos a demandas ou interesses específicos.
Ela explicou: “Não são financiadores que definem o que a gente vai fazer. Nós apresentamos um projeto respondendo a editais ou então buscamos os financiadores para os nossos projetos. Quando eles aprovam as propostas, eles sabem sobre os nossos resultados.”
Ritaumaria também esclareceu que as entradas de receita são realizadas de forma legal através de bancos, todas registradas legalmente pelo Banco Central (BC), passando pelo contrato de câmbio e indo diretamente para a conta de cada projeto. Ela enfatizou que nenhuma outra organização não governamental intermedia esse processo.
Em relação às informações fornecidas pela ONG a órgãos do Ministério Público estaduais por meio de termo de cooperação, Ritaumaria afirmou que desconhece se essas informações foram patrocinadas especificamente por entidades estrangeiras.
O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), que foi relator ad hoc na reunião, questionou sobre doações acima de um milhão de reais de agências governamentais estrangeiras, como da Noruega e dos Estados Unidos da América, que constam no último balanço da ONG.