A CPI da Pandemia aprovou nesta quarta-feira (23) requerimentos para convocar representantes de Facebook, Google (que controla o YouTube) e Twitter.
A análise dos requerimentos foi feita em bloco, seguindo proposta do relator Renan Calheiros (MDB-AL), com aprovação simbólica por todos os membros da comissão.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), argumentou nos requerimentos que empresas devem responder a respeito das medidas tomadas para conter a disseminação de notícias falsas em suas plataformas “que geram consequências reais e dificultam o combate à pandemia”.
Quando os requerimentos foram apresentados na semana passada, senadores reforçaram as críticas às falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante transmissão nas redes sociais com informações contrárias a evidências científicas no combate à Covid-19.
A aposta na imunidade de rebanho por meio da infecção, alinhada à demora na compra de vacinas, é uma das linhas de investigação da CPI.
Em “live” transmitida na quinta-feira passada (17), Bolsonaro afirmou que “todos que contraíram o vírus estão vacinados” e que a contaminação é mais eficaz do que a própria vacinação porque “pegou o vírus para valer”.
“Recentemente, estamos vendo o movimento de interrupção de exclusão de conteúdos falsos ou desinformativos pelas plataformas da empresa, de modo que é essencial que representante da empresa Facebook, que gerencia uma série de plataformas de compartilhamento de conteúdo, compareça a esta Comissão para esclarecer os motivos para a mudança de comportamento”, justificou Randolfe, em seu pedido de convocação.
Outro requerimento, também de autoria de Randolfe, pede ainda que o Twitter forneça informações sobre contas de usuários que foram excluídas da rede a partir de 14 de junho por disseminação disseminavam informações falsas sobre o enfrentamento ao coronavírus.
(Com informações do Estadão Conteúdo)