O jornalista Lauro Jardim noticiou que a construtora Odebrecht deixou de esconder a identidade e voltou a exibir o nome Odebrecht no seu logotipo.
Faz sentido: se a empresa foi vítima de procuradores e juízes que compunham uma “organização criminosa”, na versão de ministros do egrégio Supremo Tribunal Federal (STF), não há que se ter vergonha do passado de glórias, especialmente quando se está diante de um futuro promissor.
Acho até que, para colocar uma pedra definitiva sobre esse capítulo terrível, a família Odebrecht deveria reconciliar-se com Marcelo. Delatou tanta coisa, o coitado do Marcelinho, mas porque foi coagido, até mesmo torturado por aquela gente malvada da Lava Jato. Tsc, tsc.
A reconciliação precisaria ser coroada com a volta dele ao comando da empresa. Marcelo é um gênio, ora bolas, e o país não pode se dar ao luxo de dispensar cérebros como o dele.
Alguns vencem por seus crimes, outros são derrotados por suas virtudes, acho que foi Shakespeare quem disse isso, e nós pensávamos que Marcelo estava no primeiro caso, mas, na verdade, estava no segundo. Desculpe a nossa falha.
A volta de Marcelo deveria propiciar a reativação do Departamento de Operações Estruturadas, essencial não apenas para a empresa, mas também para o Brasil. Nada existiu de tão estimulante para o progresso da nação e também para o desenvolvimento de países amigos. Aliás, a ex-primeira-dama do Peru, outra coitada vitimada pela Operação Lava Jato, felizmente acolhida pelo governo Lula, é prova inconteste do magnífico trabalho internacional do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Volte, Marcelo. O amigo do seu pai é presidente outra vez, e todo mundo está operando de novo pelo bem do país. Agora só falta você.