Humaitá, que na língua tupi-guarani significa “A Pedra Agora é Negra”, beija as águas turvas do caudaloso e imponente Rio Madeira, distante 698km da capital amazonense, seus mais de 57.000 habitantes abriram as cortinas para o espetáculo do grupo 4 da Copa da Floresta, a partir da última quarta-feira (6).
O palco, o majestoso Estádio Municipal Arlindo Braz que, inclusive, foi reinaugurado, desta vez, tratado como merece e recebendo os deuses do futebol que estão abençoando o Sul do Amazonas.
Fora das quatro linhas, a torcida lotou as arquibancadas. Mulheres, crianças e idosos cantaram e empurraram sua seleção do início ao fim das partidas. Em campo, a anfitriã venceu Tapauá, por 3 a 0 no primeiro duelo da sede e Canutama bateu Manicoré, por 2 a 1 fechando os jogos da noite.
Para o presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), Ednailson Rozenha, a sede Humaitá traduz exatamente o que é a Copa da Floresta, o Brasil profundo, distante, mas é o Brasil de riquezas, de povo feliz e que ama e tem talento no futebol.
Aqui, em Humaitá é o Amazonas mais profundo, lugar de pessoas felizes, apaixonadas e talentosas com a bola no pé. Viemos aqui descobrir outros reis, afinal, dom não escolhe lugar para nascer, a exemplo disso é o craque humaitaense Iriney. A prova de que aqui tem talento e que os jovens devem acreditar e ter esperança de viver do futebol e ainda proteger o que mais amam, a sua terra, o seu lugar. Com o apoio da CBF e do Governo do Amazonas e da Sedel, no dia 16 de agosto, iniciamos uma jornada inesquecível, onde os povos da floresta se tornam a força que move o futebol do Norte, hoje, vocês têm uma federação que acredita no talento do caboclo amazonense e de onde saiu um, sairá muito outros, é só o começo.Ednailson Rozenha
Abertura da Copa da Floresta
A cerimônia de abertura do grupo 4, sede em Humaitá, contou com música, dança e a esperada entrega da placa de reinauguração do Estádio Municipal Arlindo Braz da Silva. Ao lado do presidente da Federação Amazonense de Futebol-FAF, Ednailson Rozenha, o prefeito de Humaitá, Dedei Lobo, emocionado declarou total apoio ao futebol local e prova disso é o tratamento que a competição está recebendo no município.
Gramado, iluminação e sistema de irrigação foram revitalizados para receber a festa dos povos tradicionais, na Copa da Floresta, com as seis seleções que disputam o título de campeã do grupo.
Os jogos
Os verdadeiros caboclos protetores da floresta entraram em campo para defender seus municípios e mostrar a qualidade dos povos tradicionais com a bola no pé. As partidas iniciaram logo ao anoitecer. Humaitá e Tapauá deram o pontapé inicial no reinaugurado, Estádio Arlindo Braz da Silva. A Seleção local começou impondo um ritmo forte, usando o fator casa.
Daniel Rato recebeu pela direita, avançou, entrou na área e bateu na saída do goleiro, abrindo o placar na primeira etapa. No segundo tempo, Daniel Rato, ampliou a vantagem do time humaitaense, com um gol de falta. Na reta final, Aguiar, pegou de primeira após cobrança de escanteio e deu números finais à vitória da anfitriã.
A segunda partida da noite foi entre Manicoré e Canutama. A Seleção Canutamense saiu na frente no primeiro tempo, com Renato. Manicoré não se abalou e buscou o empate. De tanto insistir, ele veio, com Floriano, ao arriscar de longe e acertar o canto de Kiel. Na segunda etapa, Manicoré continuou no ataque e Canutama se defendendo bem e explorando as brechas deixadas pela equipe de Manicoré. Um pênalti foi assinalado para Manicoré.
Elerson foi para a cobrança e Kiel defendeu com o pé esquerdo. Na reta final do jogo, Edinho, que veio do banco de reservas, fez uma pintura, ao pegar de voleio e acertar o ângulo de Abílio. O gol decretou a vitória canutamense.
Segunda rodada
O Estádio Arlindo Braz da Silva vai receber a segunda rodada da Copa da Floresta. Confira:
Grupo 4, chave B – Canutama x Lábrea, 17h.
Grupo 4, chave A – Tapauá x Nova Olinda do Norte, 19h15.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Federação Amazonense de Futebol (FAF)