Manaus – A administração do vereador Caio André na Câmara Municipal de Manaus (CMM) foi marcada por uma série de irregularidades e práticas questionáveis que abalam a confiança pública. Desde contratações suspeitas de empresas envolvidas em escândalos anteriores até acusações de favorecimento de doadores de campanha e falta de transparência.
Esses episódios levantam um alerta sobre a integridade e a legalidade das operações na CMM, exigindo uma revisão urgente dos procedimentos e responsabilidades na Casa Legislativa.
Contratações suspeitas e Favorecimento
Um dos casos mais polêmicos é a contratação do Instituto Acesso de Ensino, Pesquisa, Avaliação, Seleção e Emprego para a realização do concurso público da CMM. A empresa, contratada sem custo para a Câmara e com a promessa de custear todas as despesas do concurso, já foi envolvida em um escândalo significativo em 2018.
Naquele ano, o Instituto Acesso gerou uma série de problemas durante o concurso da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), incluindo atrasos, falta de salas e erros graves nas provas, levando até mesmo à reaplicação do exame para 7 mil candidatos. A escolha de uma banca com histórico de irregularidades e a dispensa de licitação para sua contratação acendem sinais de alerta sobre a transparência e a eficácia do processo seletivo.
Instituto Fantasma e ligação com servidores
Outro episódio polêmico envolve a destinação de R$ 563.000,00 para o Instituto Tecnológico, Mineração, Preservação Ecológica, Social Cultural e Desportivo (IMPESDAM), que alegadamente deveria promover ações sociais em Manaus. No entanto, o endereço do instituto foi encontrado como uma assistência técnica de celular e uma casa residencial, sem qualquer evidência de que o instituto realmente opere no local ou ofereça os serviços prometidos.
No Instagram, o Instituto possui uma página com apenas 11 seguidores e nenhuma publicação sobre os ”serviços de assistencialismo a pessoas que se encontram em vulnerabilidade social”.
A revelação mais alarmante é que o diretor de contabilidade da CMM, Ivan Bezerra da Silva, é apontado como responsável pelo IMPESDAM.
Bezerra aparece como o “responsável” pelo instituto na documentação da emenda, o que levanta sérias questões sobre a integridade e a supervisão dos processos de emenda parlamentar e potenciais conflitos de interesse. Ivan Bezerra, que é diretor de contabilidade da CMM e recebe um salário líquido de R$ 19 mil por mês, parece ter um papel central na administração do instituto suspeito.
Contratos suspeitos
Além disso, um contrato no valor de quase R$ 1 milhão com a Churrascaria Búfalo, de um empresário com um histórico de investigação por exploração infantil e agressão, levanta dúvidas sobre a lisura da contratação e o uso dos recursos públicos.
Falta de Transparência
A falta de informações no Portal da Transparência da CMM já foi outra questão crítica. A ausência de dados financeiros e a não publicação das movimentações financeiras, que já acontecem há bastante tempo, refletem uma violação dos princípios constitucionais de transparência e publicidade.
Pagamentos Pendentes
Enquanto o presidente da CMM investiu quantias expressivas em contratos polêmicos, ele deixou de cumprir com seus compromissos financeiros com os veículos de comunicação da capital amazonense.
Os profissionais em questão dependem desses pagamentos para manterem seus negócios e garantir a qualidade de seus conteúdos. Sem uma remuneração justa e regular, muitos deles enfrentam dificuldades financeiras e precisam encontrar alternativas para sustentar suas atividades. Esses veículos também são importantes para a fiscalização dos órgãos públicos locais, como a Câmara Municipal. Eles têm o papel de cobrar transparência e responsabilidade dos políticos, além de manter a população informada sobre o que está acontecendo em seu próprio contexto.
Investigação
Os escândalos que marcaram a gestão de Caio André exigem ações decisivas para restaurar a confiança da população na Câmara Municipal de Manaus. Uma investigação rigorosa é essencial para esclarecer todas as irregularidades e garantir a transparência.
A CMM precisa ser mais aberta sobre como os recursos estão sendo usados e deve responsabilizar qualquer pessoa envolvida em problemas. Medidas concretas devem ser adotadas para evitar futuros abusos.
A população e os órgãos de controle devem permanecer vigilantes e exigir que as promessas de mudança sejam cumpridas. Somente assim a Câmara Municipal poderá reconquistar a confiança dos cidadãos e assegurar uma gestão pública que realmente trabalhe para o bem de todos.
*Com informações CM7