Os atos convocados por partidos e movimentos de esquerda neste sábado (23) pelo país em resposta ao bolsonarismo tiveram, no geral, baixa adesão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do governo federal não compareceram às mobilizações.
Os protestos foram anunciados por partidos de esquerda e movimentos sociais após o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, reunir milhares de pessoas na avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro deste ano. Bolsonaro organizou aquela mobilização em meio a investigações da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Imagens nas redes sociais neste sábado mostram pessoas com camisas, bandeiras de movimentos sociais como do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT). Havia também pessoas com cartazes com as cores da Palestina, como forma de repudiar os ataques de Israel aos palestinos na Faixa de Gaza.
Em muitas imagens havia também pessoas com capa de chuva e guarda-chuva, o que mostra que o sábado foi marcado por fortes chuvas, sobretudo nas capitais do Sudeste e do Centro-Oeste brasileiro.
Os manifestantes do Partido dos Trabalhadores foram orientados pelos organizadores a não citarem o nome de Jair Bolsonaro. Nos atos, muitos manifestantes gritaram “Ditadura nunca mais!” em referência ao golpe militar de 1964, que completa 60 anos no próximo dia 31 de março.
Havia também cartazes com a frase “sem anistia”, em referência a todos os envolvidos e investigados pelos atos do dia 8 de janeiro, quando os prédios da Praça dos Três Poderes em Brasília foram invadidos e depredados.
Dirceu, Genoíno e Gleisi
A concentração maior das mobilizações ocorreram em Salvador (BA) e São Paulo (SP). A polícia militar e os organizadores não divulgaram o número de participantes.
Em São Paulo, compareceram caciques antigos do PT: José Dirceu e José Genoíno. Ambos investigados, condenados e presos no julgamento do mensalão.
Na capital baiana, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, se juntou a apoiadores e lideranças femininas no centro histórico do Pelourinho.
Lula ausente das mobilizações
Lula optou por não participar do ato, buscando se distanciar do tema e concentrar esforços no aumento de sua popularidade, especialmente diante de pesquisas que apontam uma rejeição significativa.
Essa decisão também acompanha o veto do presidente a eventos relacionados ao golpe e a estratégia do governo de se manter à margem das manifestações. Ele inclusive tratou do tema com o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em reunião no Palácio do Planalto na sexta-feira (22)
Uma resposta
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