A partir de dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), informa-se que ocorreram 72 invasões de propriedades de janeiro a dezembro de 2023. Número que supera todo o volume de terras invadidas no decorrer dos quatro anos anteriores, período em que Jair Bolsonaro foi o presidente da República.
De 2019 a 2022, o Brasil registrou, segundo a CNA, o total de 62 invasões de terras — ou seja, dez a menos do que no primeiro ano da volta de Luiz Inácio Lula da Silva e, consequentemente do Partido dos Trabalhadores (PT), ao poder.
Na comparação de 2023 com 2022, o crescimento desse tipo de ilegalidade foi de cerca de 215%. O número de invasões de terras saltou de 23 para 72.
Na reportagem, Scardoelli demonstra que a retomada das invasões e o retorno de petistas ao poder não é mera coincidência. Grupo travestido de “movimento social”, o MST elegeu, nas eleições de 2022, seis de seus militantes. Foram dois deputados federais e quatro deputados estaduais. Detalhe: todos filiados ao PT.
Leia um trecho da reportagem sobre o crescimento das invasões de terras no Brasil
“O aumento de invasões de terras no país também se explica na relação direta com Lula. Apresentada como integrante da direção do MST, Ayala Ferreira integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o “Conselhão”, órgão criado por Lula em maio. No último dia 12, o presidente reservou parte da tarde para conversar com Ayala e outros “conselheiros”, inclusive figuras como o influenciador digital Felipe Neto, a apresentadora Bela Gil, a empresária Luiza Trajano e o padre Júlio Lancellotti. A reunião ocorreu no Palácio do Planalto.
O MST também tem uma bancada no Legislativo — apesar da ineficácia para tentar frear a CPI federal. Foram eleitos seis militantes: dois deputados federais e quatro deputados estaduais, todos filiados ao PT. Em Brasília, o Psol também apoia os sem-terra, mas não necessariamente o MST: a deputada Sâmia Bomfim (SP) é ligada a José Rainha, que estava preso até recentemente por crime de extorsão.”