Depois de quase 12 horas, terminou a cirurgia a que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisou ser submetido. A operação começou na manhã deste domingo, 13.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro confirmou a informação às 21h20, no Instagram.
Na última sexta-feira, 11, Bolsonaro teve de ser levado de helicóptero a um hospital no Rio Grande do Norte, depois de sentir fortes dores durante um evento do PL. O evento visava a defender a anistia aos manifestantes dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Nas redes sociais, Bolsonaro relatou ter sido internado às pressas por causa de dores intensas e uma forte distensão abdominal. Segundo o médico Claudio Birolini, que acompanha o ex-presidente, trata-se do quadro mais grave desde o atentado que quase resultou na morte de Bolsonaro.
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A transferência para Brasília, em um avião com equipamentos de UTI, ocorreu por decisão de Michelle Bolsonaro.
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Médico explica a cirurgia em Bolsonaro
O médico Leandro Echenique, que acompanha Bolsonaro em Brasília, detalhou, na noite deste sábado, 12, a cirurgia para tratar uma obstrução intestinal no ex-presidente.
“É uma cirurgia aberta, que vai corrigir essa parte da obstrução das alças intestinais”, explicou. Segundo Echenique, o procedimento envolve a retirada e o reposicionamento de uma tela já existente no abdômen do ex-presidente — região que passou por diversas intervenções desde a facada sofrida em 2018. “Então, é uma cirurgia bem extensa.”
Bolsonaro chegou a Brasília na noite do sábado. Segundo Echenique, o ex-presidente chegou estável e sem intercorrências durante o voo. Apesar da melhora na dor, a obstrução intestinal persistiu.
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Essa é a quinta cirurgia desde o atentado sofrido em Juiz de Fora (MG), quando o então candidato à Presidência sofreu uma tentativa de assassinato por Adélio Bispo, ex-militante do Psol. O ataque comprometeu severamente os órgãos do trato digestivo de Bolsonaro. As consequências clínicas daquele episódio seguem exigindo cuidados médicos regulares.