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Chuva de meteoros inédita será vista do Hemisfério Sul

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Uma chuva de meteoros inédita deve ser vista do Hemisfério Sul da Terra ainda este ano, começando no final de setembro. O “autor” do fenômeno é o cometa 15/P Finlay e o evento deve durar cerca de 10 dias, atingindo o pico em 7 de outubro.

“Isso torna não só uma chuva de meteoros interessante, mas também uma chuva de meteoros muito difícil de observar”, disse Diego Janches, pesquisador astrofísico do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa, em Greenbelt, Maryland, em entrevista ao site Space.publicidade

Difícil, de fato, para quem está no Hemisfério Norte. Se a radiante for mesmo no Hemisfério Sul, a maior rede de observação com capacidade de detectar a chuva de meteoros é a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).

Janches, porém, acredita que o melhor lugar para observar a chuva de meteoros do cometa 15/P Finlay é na Estação Astronômica Rio Grande (EARG), localizada na Terra do Fogo, arquipélago no extremo sul da Argentina. Justamente por ser a ponta do Cone Sul, as ilhas estão em uma latitude privilegiada para ver o fenômeno.

Chuva de meteoros

Via Láctea e as Perseidas. Imagem: Jasmine_K/Shutterstock

Segundo Diego Janches, a chuva vai emanar da constelação de Ara, localizada no hemisfério sul celestial. O brilho exato, que é o local de onde os meteoros parecem se originar, porém, não está claro, por ser um evento novo. O pesquisador astrofísico acredita, ainda, que se essa chuva de meteoros de Finlay acontecer novamente, não será um evento anual, como as Gemínidas ou as Perseidas.

A nova chuva de meteoros recebe o nome do cometa 15P/Finlay, que mede aproximadamente dois quilômetros de largura. Uma bolsa oculta de poeira do cometa pode colidir com a Terra em alguns anos. Os astrônomos, contudo, não têm certeza sobre como ela poderia aparecer.

“Será uma chuva de meteoros difícil de observar, porque serão bem devagar”, disse Janches. A estimativa é que as partículas do Finlay tenham uma velocidade de entrada lenta, de 11km/s. Assim, não serão vistas as “estrelas cadentes”.

Via: Space/olhardigital