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China avisa que está disposta a negociar com Trump para manter TikTok ativo nos EUA

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Governo chinês havia indicado que bloquearia uma possível venda, mas influência de executivos pode ter mudado tudo

A China havia indicado que bloquearia uma possível venda do TikTok nos Estados Unidos, única medida que impediria o banimento da rede social antes do prazo estipulado. Já nesta segunda-feira (20), um dia depois que a plataforma saiu do ar no país, o Ministério das Relações Exteriores da China sugeriu que estava disposto a trabalhar ao lado do presidente Donald Trump para manter o TikTok ativo por lá.

A posição do Ministério veio depois de um comentário de Trump no domingo (19), dizendo que queria que Estados Unidos e China dividissem o controle do aplicativo de forma igualitária.

China mudou de opinião sobre TikTok

O banimento do TikTok foi decretado em abril do ano passado, mas só entrou em vigor neste domingo (19 de janeiro). Durante esse tempo, uma das opções da ByteDance, empresa controladora da rede social, era vender o controle da plataforma em território estadunidense. No entanto, a China indicou que poderia barrar uma operação deste tipo, já que qualquer acordo deve cumprir os regulamentos chineses (e não americanos).

Elon Musk (que, segundo boatos, era um possível comprador da rede social) e o presidente Donald Trump são apoiadores da continuidade do TikTok nos EUA. O republicano já havia dito que tentaria viabilizar a continuidade da plataforma quando assumisse o cargo nesta segunda-feira. Agora que oficialmente voltou à presidência, ele sugeriu que os dois países dividissem o controle do aplicativo de forma igualitária, como forma de fechar um acordo para a operação nos EUA.

Também nesta segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China respondeu que estaria disposto a trabalhar com Trump para isso. Ao contrário da posição inicial do governo, a pasta disse que as empresas podem tomar suas próprias decisões sobre operação e aquisições (incluindo vendas).

Mudança de posicionamento pode ter relação com o fundador do TikTok

Em abril, quando a lei que impôs o banimento do TikTok nos EUA foi aprovada, Zhang Yiming, fundador e acionista majoritário do TikTok (e pessoa mais rica da China), começou a conversar com Elon Musk, pessoa mais rica do mundo e, agora, grande influência no governo Trump. Eles já haviam se conhecido antes, mas se reencontraram devido à situação.

De início, a ByteDance pareceu obedecer às diretrizes do governo chinês ao não tentar a venda do TikTok. No entanto, segundo o Wall Street Journal, Yiming se distanciou das autoridades chinesas e já não ocupa mais um cargo executivo na controladora.

Ao que tudo indica, a influência do fundador da rede social e sua proximidade com Musk podem ter relação com a mudança na visão do Ministério. Isso porque, agora, as autoridades chinesas discutem internamente a possibilidade de negociar com Trump e até permitir que “americanos em quem confiam”, como Elon Musk, invistam no TikTok.

Elon Musk acenando
Influência de Elon Musk em Trump pode ter mudado rumo do TikTok nos EUA (Imagem: Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)

Relembre o banimento do TikTok nos EUA

  • A lei que bania o TikTok nos Estados Unidos foi promulgada em abril de 2024, alegando questões de segurança nacional devido ao acesso da empresa chinesa a dados sensíveis de usuários americanos;
  • Nesse tempo, a ByteDance tentou reverter a situação e até apelou para a Suprema Corte estadunidense, que confirmou que o banimento é constitucional (e não fere a liberdade de expressão) e entraria em vigor em 19 de janeiro;
  • A única opção da ByteDance era vender o TikTok nos EUA, o que não aconteceu. No domingo, a rede social parou de ser oferecida para download nas lojas de aplicativos e saiu do ar para usuários estadunidenses;
  • Já nesta segunda-feira, após Donald Trump afirmar que emitiria uma ordem executiva para salvar a rede social no país, o TikTok afirmou em publicação no X que está em processo de restaurar seus serviços por lá. Alguns usuários já relataram o retorno;
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