A Defesa Civil do Amazonas emitiu, nesta segunda-feira (31), um alerta de possíveis inundações para a cidade de Lábrea, no interior do estado. Município diz que o cenário ainda está dentro da normalidade, mas que há um plano de contingência, se necessário.
O aviso, divulgado pela Defesa Civil do Amazonas, foi baseado em dados do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) e descreve a possibilidade de ocorrência de inundação gradual nas áreas de ocupação às margens do Rio Purus, que banha o município de Lábrea, distante cerca de 700 quilômetros de Manaus. De acordo com as estações fluviométricas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o nível do rio para o município é de 20,7 metros.
Em Lábrea, além de pontos de inundação previamente mapeados pela prefeitura na área urbana, os locais mais afetados em caso de cheia acentuada do rio ficam na zona rural. A Defesa Civil Municipal informou para equipe de A CRÍTICA que observa atentamente a subida do Purus e que, até agora, cinco casas precisam de intervenção, mas todas foram de pequenas proporções como a construção de pontes no entorno para assegurar a acesso dos moradores.
O coordenador municipal da Defesa Civil de Lábrea, Emerson Rodruiges, destacou que o cenário está dentro da normalidade percebida em anos anteriores, como 2024, e que, por isso, não há necessidade de se decretar, por exemplo, uma situação de emergência (como ocorre quando um número maior de pessoas é afetado pela subida do rio). Ele também reforçou que o município se alinha com as secretarias e demais pastas para dar uma pronta resposta caso haja necessidade de agir.
“Nesse caso, o município está dando a resposta devida e atendendo à população de forma efetiva então não há necessidade de acionar o plano, decretar situação de emergência, no momento em que houver essa necessidade, que o rio subir e inundar, o Estado vai ser informado”, comentou.
O monitoramento interno do município é feito através dos coordenadores da calha do Purus, com o apoio de representantes das comunidades da Zona Rural. Os dados são reunidos e analisados com as métricas das áreas de várzea da cidade para entender o avanço da água. Tudo isso é essencial para basear as decisões da Prefeitura, como a inicialização do plano de contingência.
Rodrigues explicou que o plano é baseado na ação conjunta das secretarias municiais com a coordenação da Defesa Civil. Ele é dividido em grupos de atuação, em primeiro lugar se retira as pessoas das zonas de risco, depois elas são realocadas e na sequência obtém acesso aos programas de assistência da Prefeitura ou do Governo do Estado.
“A gente pode usar uma escola, uma quadra, se houver a necessidade de realocar as famílias. A Secretaria de Saúde pode dar um apoio no caso de alguma epidemia que possa ter, já a de Assistência Social para o levantamento de dados e mapeamento das pessoas”, disse.