Cerca de 300 balsas usadas para garimpo ilegal atracaram no Rio Madeira, no município de Autazes, no Amazonas. Há 15 dias, as embarcações começaram a chegar ao local, após rumores de que havia ouro na comunidade de Rosário.
Além de balsas, empurradores e barcos, os garimpeiros também estão equipados com dragas que cavam o fundo do rio, sugam o material para filtrar o ouro e jorram a água de volta. O que assustou os moradores, já que a extração na região é proibida.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) comunicou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que identificaram as balsas mineradoras, e juntos estão alinhando providências.
As balsas estão ancoradas em área de órgãos federais, cuja competência são da Agência Nacional de Mineração, do Ibama, da Polícia Federal e da Marinha. A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) também poderá atuar durante ações devidas e intervenção.
Em nota oIpaam esclarece sobre atividade de garimpo no rio Madeira.
Leia a nota na íntegra:
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) esclarece que, ao identificar a presença das balsas mineradoras, comunicou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para alinhamento de providências.
O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, esclarece que as balsas estão ancoradas no rio Madeira, área de competência dos órgãos federais. A regulamentação da exploração mineral na área, conforme o gestor, é de competência da Agência Nacional de Mineração. O licenciamento é de responsabilidade do Ibama, e a atuação, em caso de crimes de exploração ilegal de minério, é competência da Polícia Federal. Ainda sobre a trafegabilidade e de poluição hídrica, o acompanhamento é feito pela Marinha.
Embora a competência de atuação na área seja federal, Juliano Valente informou que o Governo do Estado está à disposição para atuar em parceria com os demais órgãos e que, na manhã desta quarta-feira (24/11), fez uma reunião de alinhamento com representantes do Ibama, Marinha e Polícia Federal.
“O Governo do Estado se coloca à disposição dessas forças no sentido colaborativo. Então, em todas as ações que advirão desses órgãos, o Governo do Estado está no apoio. Nós apoiaremos as ações administrativas do Ibama. E as forças de segurança do Estado estão à disposição dos órgãos federais para tomarem as ações devidas”, frisou Juliano Valente.