Entre os poucos motivos de orgulho para este cronista de sete leitores, está a honra de ter conhecido pessoalmente os jornalistas Allan dos Santos, Luís Ernesto Lacombe e Max Cardoso, fundadores da Revista Timeline. Meus três amigos estão entre as pessoas mais corajosas que já encontrei. Todos os dias eu peço a Deus que me conceda ao menos um pouco da coragem e da firmeza do Allan, do Lacombe e do Max.
O trabalho deles me faz pensar em um conto de Kierkegaard sobre o palhaço de um circo itinerante. Montado nas proximidades de uma aldeia, o circo foi atingido por um incêndio. Em desespero, o palhaço correu até a aldeia para pedir socorro.
Mas, como ele estava com as vestes e a maquiagem de cena, os moradores da aldeia acharam que tudo não passava de uma encenação e deram risada, ignorando seus apelos. O resultado foi que o incêndio destruiu o circo, alastrou-se pelos bosques e devorou a aldeia, matando todos os seus moradores.
O jornalista independente é hoje, no Brasil, esse palhaço que tenta evitar uma tragédia. Todo o sistema de poder tenta pintá-lo como um falastrão, um mentiroso e um golpista — quando ele, a exemplo do bobo da corte do Rei Lear, é a pessoa com coragem para apontar o que está acontecendo e dizer a verdade, por mais dura que ela seja.
O circo do Brasil está pegando fogo — e, justamente por isso, o Regime PT-STF precisa calar todos que ousam dizer a verdade.
É exatamente por isso que a Revista Timeline acaba de ser censurada, em mais um golpe dos atuais detentores do poder.
Na última segunda-feira, os editores da Timeline receberam o seguinte aviso do X:
“Prezado usuário do X: Em estrito cumprimento às obrigações aplicáveis aos provedores de aplicação de internet nos termos da Lei 12.965/2014, nós estamos aqui para lhe informar que a sua conta no X, @RedeTimeline, é objeto de ordem de bloqueio integral proferida no âmbito de um processo em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal. Nós não podemos fornecer informações adicionais sobre o processo, nem dar conselho legal sobre como você pode proceder. Caso seja do seu interesse, você pode entrar em contato com um advogado para esse fim. Atenciosamente, X Legal.”
Em seguida, vieram mensagens semelhantes do YouTube e do Instagram. Em nenhum momento fica explícito o motivo da censura, e isso por uma razão muito simples: o motivo é que a Timeline diz a verdade sobre o Brasil.
Allan, Lacombe e Max sabem muito bem que os verdadeiros golpistas estão hoje seguramente acomodados em seus valhacoutos palacianos em Brasília
Golpistas são os que tiraram o condenado da prisão; golpistas são os que realizaram uma eleição farsesca; golpistas são os que censuraram e perseguiram os adversários políticos de todas as formas imagináveis; golpistas são os que montaram a farsa do golpe que nunca existiu; golpistas são os que prenderam e condenaram pessoas inocentes; golpistas são os que estão destruindo a economia brasileira e mandando o povo comprar brioche se o pão estiver muito caro.
Todo o regime brasileiro está fundado em uma série de golpes, que podem ser sintetizados em uma só expressão: a guerra do Estado contra o povo. Em essência, eles são golpistas até o fundo da alma; por isso, precisam acusar os inimigos de sê-lo.
Em um regime baseado na mentira, o principal inimigo é a verdade. Como consequência inevitável, a censura se torna a prioridade número 1 do Estado. Não é por acaso que o Imperador Batraquial já avisou que a pauta mais importante do Supremo Soviete será “regular as redes”.
Há muitos anos, desde o tempo em que não existia internet, a esquerda vem utilizando as expressões “regulamentação” e “controle social” como eufemismos para a boa e velha censura dos regimes soviéticos.
Se a lista de todos os países em que o socialismo-comunismo deu certo pode ser lida na testa de Vladimir Lênin, é óbvio que a esquerda, ao tomar o poder, precisa impedir a circulação livre das informações. Inclusive as históricas.
À Timeline, todo o meu apoio e solidariedade. Conhecendo-os, meus irmãos, eu sei que vocês não vão parar nunca.
*Com informações gazetadopovo