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Caso Henry: volta de Monique para a secretaria de Educação causa mal-estar entre servidores da prefeitura

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Ela foi alocada no almoxarifado, enquanto aguarda julgamento para definir seu destino como servidora pública, como revelou o jornalista Ancelmo Gois.

O retorno ao trabalho da professora Monique Medeiros — acusada da morte do filho, o menino Henry Borel, de 4 anos — na Secretaria municipal de Educação causou revolta nos servidores que atuam na sede do órgão. O secretário Renan Ferreirinha disse, em seu perfil nas redes sociais, que, se dependesse dele, “Monique já teria sido demitida há muito tempo”. Ela foi alocada no almoxarifado, enquanto aguarda julgamento para definir seu destino como servidora pública, como revelou o jornalista Ancelmo Gois.

Ré pela morte do filho, Monique aguarda o julgamento em liberdade depois de ter sua prisão revogada pelo STJ. Ela é servidora do município e recebeu salário de R$ 3,1 mil em dezembro por trabalho em uma função administrativa na secretaria. Monique estava de licença desde abril de 2021, quando foi presa preventivamente. Ela e o ex-vereador Dr. Jairinho serão julgados pelo II Tribunal do Júri.

Segundo o secretário Renan Ferreirinha, a volta de Monique à pasta se deu por uma orientação jurídica, já que não houve ainda uma sentença condenatória contra a servidora. Dessa forma, ela não pode ser afastada de suas funções nem ter salário suspenso. Ferreirinha reforça que Monique ficará longe de salas de aula e escolas do município.

Monique foi aprovada em um concurso público da Secretaria municipal de Educação em 2011, e passou a dar aulas para turmas de Ensino Infantil da Escola Ariena Vianna da Silva, em Senador Camará, onde, sete anos depois, ascendeu à diretora. Ela atuou na unidade até agosto de 2020 para assumir um cargo no Tribunal de Contas do Município (TCM), onde viu seu salário pular de R$ 4 mil para R$ 16.500. A pedagoga, porém, foi exonerada do TCM em março de 2021, mas seguiu com a matrícula no município.

Veja a nota da Secretaria municipal de Educação na íntegra:

A orientação jurídica recebida pela Secretaria Municipal de Educação foi de que como a servidora foi solta pelo Superior Tribunal de Justiça e ainda não houve sentença condenatória, não há como a servidora concursada ser afastada e ter sua remuneração suspensa, razão pela qual ela retornou ao trabalho, em função administrativa no almoxarifado da Secretaria.