Brasil – A menina Amanda Ribeiro, de 10 anos, encontrada morta após quatro dias desaparecida na região do Marajó, no Pará, teria sido brutalmente assassinada por conta de envolvimento do pai dela com o tráfico de drogas. A informação foi confirmada pelo delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, na manhã desta segunda-feira (13), em entrevista coletiva. Um homem suspeito foi preso, uma adolescente foi apreendida e um terceiro suspeito morreu em confronto com a Polícia Militar. As investigações seguem.
Resende não deu muitos detalhes, já que o caso agora entra em segredo de Justiça. Porém, confirmou que Jobson da Silva Miranda (conhecido como “Loro”) e Josuel dos Santos Gomes (“Durão”, o suspeito morto), são formalmente investigados pelo crime. A adolescente apreendida foi encaminhada para a delegacia especializada. Pelo menos mais duas pessoas são suspeitas de participação na morte de Amanda, que chocou o município de Anajás.
Entre as linhas de investigação, está a possibilidade de que o pai da criança tivesse uma dívida ou envolvimento com o tráfico de drogas. E os suspeitos podem ser integrantes de uma facção criminosa. O delegado-geral ressaltou que a criança ficou em poder dos criminosos por pelo menos dois dias, até que ela acabou sendo brutalmente assassinada. O corpo dela só foi encontrado quatro dias depois, na tarde de sábado (11). Ela estava amarrada e mutilada, debaixo de uma ponte de madeira da cidade de Anajás.
A menina de 10 anos foi atraída por ‘amiga’ de 16 anos para ser morta em emboscada de traficantes:
Segundo o delegado do caso, Resende, a adolescente atraiu a criança para o local onde foi mantida em cárcere.
“Trata-se de um crime realmente bárbaro, revoltante pela forma como aconteceu e pelo desfecho que resultou na morte de uma criança inocente”, comentou Resende, fazendo referência à informação preliminar de que o assassinato de Amanda teria sido motivado por uma dívida que seu pai teria com o tráfico de drogas.
De acordo com as investigações, Amanda foi morta por estrangulamento, após ter ficado dois dias em um cativeiro. Durante esse período, o delegado conta que ela foi vítima de violência psicológica e física.
Um exame de necropsia foi realizado, mas ainda não foi possível determinar se a menina também sofreu estupro.
“A menina, antes de ser morta, ficou presa em cárcere privado e sofreu abusos psicológicos e físicos. Somente posteriormente veio a ordem para que ela fosse morta. Agora, estamos aguardando o laudo de que ela pode ter sofrido abuso sexual”, afirmou o delegado-geral.
“As investigações continuam e esperamos chegar o mais rápido possível aos outros dois envolvidos”, concluiu.