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Casal do PCC que planejava morte de Sérgio Moro usava “códigos” no Whatsapp para disfarçar o crime

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“códigos” no Whatsapp para disfarçar o crime

Brasil – A operação da Polícia Federal que prendeu nove integrantes da maior facção criminosa do país por planejar um atentado contra o promotor Lincoln Gakiya, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, e outras autoridades foi baseada no relato de um ex-membro da organização criminosa que se converteu em testemunha protegida depois de ser ameaçado de morte por um de seus líderes.

Foi essa testemunha quem contou a integrantes do Ministério Público de São Paulo que havia um plano em curso para promover um atentado e que forneceu as provas que a polícia incluiu no pedido à Justiça. Elas foram mencionadas pela juíza Gabriela Hardt no despacho que determinou a realização da operação.

Segundo o despacho, que teve o acesso liberado ao público nesta tarde, o atentado seria cometido por uma ala específica da facção criminosa conhecida como “restrita”. A testemunha forneceu quatro números de telefones aos policiais e também endereços de emails.

No despacho, a juíza deixa claro que a análise de uma conta de e-mail analisada pela Polícia Federal, identificada a partir dos contatos telefônicos fornecidos, a [email protected], “foram verificados elementos que indicam a real existência de um plano de sequestro que envolve o senador Sergio Moro (União-PR). Segundo a testemunha, o líder do plano era Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido na facção como Nefo, Artur ou Dodge.

Um dos celulares monitorados é de Aline Paixão, namorada de Janeferson, a quem cabia guardar os códigos usados pela facção para se referir à operação de sequestro (Flamengo), ação (Fluminense) e Moro (Tokio). “Os fatos investigados são de extrema gravidade, sendo que o êxito da empreitada criminosa comprometerá a paz pública e o próprio funcionamento do Estado”, observou a juíza Gabriela Hardt. A magistrada também ressaltou que os investigados tinham grande influência dentro da facção criminosa, “reconhecidos pelo uso de meios violentos para consecução de seus interesses”, justificando a prisão temporária dos envolvidos para evitar “a destruição de provas, coação e até mesmo homicídio de testemunhas, bem como a impedir a fuga dos envolvidos, além de auxiliar a colheita de provas e interromper a continuidade das práticas delitivas.”

“Códigos”

Durante as investigações relacionadas à tentativa de execução de Sergio Moro, os investigadores da Polícia Federal descobriram que a organização criminosa tratou o ex-juiz como “Tokio”. A expressão apareceu em uma troca de mensagens entre Aline Maria Paixão e Janeferson Aparecido Mariano Gomes, este apontado como chefe da célula criminosa responsável pela execução de autoridades e de funcionários públicos. O material foi obtido por O Antagonista. Na mensagem, Janeferson afirma o seguinte: “Vou te mandar umas mensagens que são códigos para que não esquecer”. Em seguida, Aline responde: “Tá bom amor.” Depois, o chefe da quadrilha responde com os termos:

“MS – México /Moro – Tokio /Sequestro – Flamengo /Ação – Fluminense”

Créditos: O Antagonista

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