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Caravanas bolsonaristas sairão de 10 estados rumo a Brasília para o 7 de Setembro

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Cercado de tensão, o feriado de 7 de Setembro movimentará a capital federal. Mesmo sem desfile militar, devido à pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, Brasília receberá apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em protestos na Esplanada dos Ministérios.

Ao menos três grupos de opositores também pediram autorização ao Governo do Distrito Federal para se manifestarem, mas ainda não há definição de local para esses atos.

A data aqueceu o setor hoteleiro, de transporte rodoviário e mobilizou caravanas bolsonaristas, que partirão de ao menos 10 estados, segundo levantamento do Metrópoles, com base em anúncios publicados nas redes sociais.

Para o leitor ter dimensão do impacto das manifestações, os hotéis do centro da capital estão operando com quase 100% da capacidade até o dia 6 de setembro, véspera do feriado, e 80% no dia 7, segundo dados da Associação Brasileira de Indústria de Hotéis do Distrito Federal (ABIH-DF).

Estabelecimentos localizados em regiões como aeroporto, beira do lago, Park Sul, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e outras regiões administrativas estão com a metade da capacidade ocupada.

A manifestação ocorre em meio a forte tensão política entre Bolsonaro e o Judiciário. O presidente Bolsonaro convocou apoiadores para realizarem atos pelo país durante o feriado da Independência. O chefe do Palácio do Planalto confirmou que participará de movimentos em Brasília e na Avenida Paulista, em São Paulo – para onde também estão previstas caravanas de vários locais do país.

Caravanas

Grupos de Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de JaneiroSão Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Tocantins, Bahia e Rio Grande do Sul confirmaram as viagens para a capital federal com ônibus fretados.

Veja alguns anúncios nas redes sociais:

apoiadores de bolsonaro anunciam caravanas em várias partes do brasil para atos do dia 7 de setembro
Organização em Ponta Grossa (ES)

A procura e a venda de bilhetes para ônibus regularizados aumentaram 20% nessa data em relação aos fins de semana do mês de agosto. Apesar da movimentação, a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati) indica que a circulação está “normal”.

“Não temos percebido procura muito maior por Brasília. Como em todo feriado, a maior saída é de capitais e grandes centros em direção à praia e ao interior”, explica a associação, em nota.

Praias são preferência
Anúncio da caravana organizada em Goiás
Anúncio da caravana organizada em Goiás Reprodução

Apesar da movimentação, o setor de turismo não percebeu mudança de comportamento nas viagens para o período. Segundo o consultor de turismo João Paulo Alves, o grande volume de viagens para o feriado segue o padrão normal, com o principal destino sendo o litoral.

“O cenário político não mudou o gosto da clientela. Apesar da organização desses atos, a venda dos pacotes para o litoral, como o do Rio de Janeiro, o de São Paulo e de estados do Nordeste continuaram representando as principais buscas”, explica.

A segurança

Cerca de 5 mil policiais atuarão na segurança dos atos. A maioria são agentes da Polícia Militar, mas haverá também policiais civis, com reforço da Polícia Legislativa e dos seguranças do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Foi feita toda uma preparação pela Secretaria de Segurança Pública para organizar a realização dessas manifestações. Lembrando que é direito das pessoas realizar essas manifestações, mas também é dever do Distrito Federal zelar para que ocorram de forma pacífica, ordeira, da melhor forma possível”, comentou o secretário chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha.

Organização dos protestos

O colunista do Metrópoles Igor Gadelha adiantou que o Governo do Distrito Federal (GDF) recebeu 16 pedidos de autorização para realização de protestos, dos quais 13 a favor do governo e três contrários.

As manifestações serão realizadas em locais diferentes. Segundo o GDF, movimentos ligados a Bolsonaro ocorrerão na Esplanada dos Ministérios. Os grupos contrários estão em negociação para definir o ponto de concentração.

*Com informações metrópoles

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