A cantora brasileira Reisla da Vitória que estava sendo procurada pela Interpol foi presa na cidade de Medford, em Massachusetts, nos EUA, no dia 26 de julho. A mulher foi condenada no Brasil por tráfico internacional de drogas.
A prisão foi feita por agentes do grupo de Operações de Execução e Remoção (ERO, sigla em inglês) e aguarda extradição. Reisla foi condenada em fevereiro de 2022, pela 3ª Vara Criminal e da Infância e Juventude de Assis (SP), a cinco anos e dez meses de prisão por tráfico internacional de drogas.
Reisla entrou nos EUA com visto de turista em março de 2020 e tinha autorização para ficar no país até setembro do mesmo ano. Porém, mesmo com o visto expirado, a suspeita permaneceu morando ilegalmente na cidade americana.
A cantora deve passar por audiência no próximo dia 10 de agosto, que irá decidir sobre a extradição dela.
“Esta não cidadã indocumentada fugiu para Massachusetts para escapar da justiça em seu país de origem”, afirmou Todd Lyons, diretor do escritório do ERO Boston, em comunicado oficial. “Ela é uma traficante de drogas condenada que demonstrou um flagrante desrespeito às leis de sua terra natal, bem como às leis de imigração nos EUA”, acrescenta o texto.
A brasileira entrou legalmente nos EUA pelo Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York. Reisla usava um visto de turista e estava autorizada a permanecer no país até setembro de 2020. Nesta altura, ela já tinha sido condenada em primeira instância e aguardava o resultado de um recurso.
— Quando o resultado apelação saiu, a Reisla já estava nos EUA. Ela foi cuidar de uma senhora idosa, e acabou ficando lá e por conta disso acabou frequentando festas, fazendo karaokê, e chamando o povo para cantar. Então ela era paga em alguns bares de brasileiros e ela ia para a frente para cantar, ela era o chamariz. Ela fazia o showzinho e chamava o povo para participar, e o povo estando no bar, gastava — explica o advogado da brasileira, Isaac De Moura Florêncio.
Reisla acabou ficando nos EUA após a morte da idosa que era responsável por cuidar, prossegue o advogado. A brasileira então acabou ficando no país.
— Ela não voltou por causa de condição financeira, o que ela fazia lá era para se manter, não foi para ganhar dinheiro. Ela levava uma vida de pobre, sem regalias — diz Florêncio.
A cantora tem uma audiência marcada para dia 10 de agosto. Na ocasião, a Justiça americana vai decidir sobre a extradição de Reisla.
— Nós, de cá, não temos o que fazer, o que pedir nos Estados Unidos. A legislação é diferente em todos os prismas, principalmente o tráfico internacional de drogas, que é a condenação dela. Ela chegando aqui será presa em regime fechado e vai cumprir o tempo dela de regime fechado — finaliza o advogado.