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Brigadistas pendentes só serão contratados em outubro; Fórum critica demora

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Os 68 brigadistas que ainda aguardam chamamento para começar a atuar contra as queimadas que devastam o Amazonas deverão ser contratados apenas em outubro. A informação foi confirmada pelo secretário de Meio Ambiente do governo estadual, Eduardo Taveira, em publicação nas redes sociais, na quarta-feira (28), dia em que o Amazonas bateu recorde, pelo terceiro mês consecutivo, no número de focos de calor. O governo diz que o processo segue o trâmite regular.

O efetivo faz parte de um total de 153 brigadistas formados em junho pelo Corpo de Bombeiros do Amazonas. No último dia 14 de agosto, o governador Wilson Lima (União) anunciou a “contratação imediata” dos primeiros 85 agentes do total apto, e que eles começariam a trabalhar na semana seguinte. Já na última quarta, o governo voltou a fazer o mesmo anúncio, mas agora afirmando que o início dos trabalhos será até 2 de setembro. 

“A não contratação dos brigadistas culminou com um alto índice de focos de queimadas em todos os municípios. Os brigadistas são muito importantes para auxiliar também na prevenção, não só no combate. O fato de não ter havido essa contratação vai duplicar o trabalho que poderia ter sido evitado”, afirma a presidente do Fórum de Secretários Municipais de Meio Ambiente do Amazonas, Jane Crespo, de Maués (AM).

A entidade tem feito diversas cobranças à gestão estadual a respeito da contratação dos brigadistas, considerados essenciais para reforçar o contingente já em atuação. Segundo o governo do Amazonas, o total de brigadistas em campo deve chegar a 600 após o envio de mais 200 homens e mulheres para as regiões mais críticas. Essas novas duas centenas são de bombeiros em formação. 

 Projeto

 A brigada formada por 153 agentes faz parte do programa Floresta em Pé, gerido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), e receberá recursos do Fundo de Desenvolvimento Alemão KFW. O projeto prevê 13 milhões de euros para ações de combate a queimadas, desmatamento e incentivo à bioeconomia.

No último dia 5 de agosto, A CRÍTICA reportou que os municípios já cobravam a contratação dos brigadistas com urgência. Naquela ocasião, o titular da Sema, Eduardo Taveira, explicou que o governo aguardava o repasse dos recursos do financiador para iniciar as contratações. 

Em seguida, o governo informou que retirou R$ 1 milhão do tesouro estadual para efetivar a contratação de 85 dos 153 formados. À reportagem, a Secretaria de Comunicação do governo afirmou que o processo segue o trâmite regular.

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