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Brasil joga mal, perde para a Espanha e precisará ‘secar’ adversárias para ir às quartas de final

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Seleção precisará torcer contra a Austrália ou o Canadá

Não dá para dizer que a derrota da seleção brasileira por 2 a 0 para a Espanha é surpreendente. Mais uma vez, a equipe de Arthur Elias esteve mal postada dentro de campo e, com postura excessivamente defensiva, só assistiu as espanholas jogarem e construírem a vitória.

Para piorar, Marta foi expulsa com cartão vermelho direto nos acréscimos do primeiro tempo depois de entrada pra lá imprudente em Olga Carmona e, em caso de classificação para as quartas de final, terá que cumprir suspensão. Mas, para ir à próxima fase, o Brasil ainda terá que contar com a “ajuda” de outras equipes.

Com a vitória do Japão por 3 a 1 contra a Nigéria, na outra partida do grupo C, a seleção brasileira terminou a primeira fase na terceira colocação, com três pontos. Assim, a equipe está na briga pela vaga como uma das duas melhores terceiras. Nos outros dois grupos, a Austrália (que enfrenta os Estados Unidos às 14h) e o Canadá (que joga contra a Colômbia às 16h) estão na mesma situação. São essas seleções que o Brasil precisará torcer contra.

Resumidamente, a seleção precisa de uma vitória dos EUA contra a Austrália — que tem o mesmo número de pontos e os mesmos -2 de saldo que o Brasil —, ou no máximo um empate entre Colômbia e Canadá — como as canadenses perderam seis pontos pelo escândalo de espionagem, elas tem 0 atualmente.

Tendo em vista o nível das adversárias que as outras postulantes à vaga como melhores terceiras terão, é provável que o Brasil consiga se classificar para a próxima fase. Mas a verdade é que o cenário da equipe não é nada animador em termos de medalhas. Com exceção de alguns momentos contra a Nigéria e Japão — coincidência ou não, praticamente todos passaram pelos pés de Marta —, a Olimpíada de Paris-2024 da seleção brasileira foi de baixo nível técnico, tático e psicológico.

Em todas as três partidas, o técnico Arthur Elias escalou a seleção brasileira com diferentes escalações e formações. Na derrota contra a Espanha, a equipe foi montada numa espécie de 5-3-2, com Adriana e Tamires como alas pela direita e esquerda, respectivamente.

Sem a bola, a dupla de volantes formada por Yaya e Duda Sampaio tinha função de proteger bem a área. Assim, Marta se alinhava pela direita com Ludmila, que se posicionava na esquerda, e Kerolin, que dava o combate no meio. Mas essa configuração em linha baixa não foi capaz de conter o ímpeto ofensivo das atuais campeãs mundiais, que entraram em campo com uma escalação alternativa.

A Espanha foi superior ao longo de toda a partida. Com muitas jogadas laterais e cruzamentos para Jenni Hermoso, as espanholas pressionaram, mas não conseguiram abrir o placar. Pelo lado brasileiro, Ludmila até tentou criar a partir de sua força física e velocidade, mas também não obteve sucesso. Já nos acréscimos da primeira etapa, a correta expulsão de Marta após entrada dura em Olga Carmona piorou ainda mais a situação do Brasil.

Apesar da camisa 10 ter sido imprudente, a estratégia adotada por Arthur Elias, de coloca-la com mais funções defensivas do que ofensivas, também foi preponderante para a falta desnecessária realizada pela meia.

No segundo tempo, com as espanholas em superioridade numérica, o gol era questão de tempo. Saiu aos 23 minutos, com Del Castillo aproveitando rara falha de Lorena em cruzamento baixo de Mariona. Além disso, já aos 62 minutos — a arbitragem deu quase 20 de acréscimos —, Alexia Putellas marcou um golaço de fora da área para dar números finais ao confronto.

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