Caso conquiste o título do Brasileirão, o Botafogo entrará para o seleto grupo dos times que venceram os dois principais torneios do calendário — a Libertadores e o torneio nacional — na mesma temporada.
A esta mesa, sentam-se apenas o Santos, comandado por Pelé, em 1962 e 1963, e o Flamengo de 2019, treinado pelo português Jorge Jesus.
O rubro-negro, porém, conseguiu uma campanha melhor no Brasileirão, somando 90 pontos. O Santos, por outro lado, ergueu as taças em campeonatos muito mais enxutos.
Este Botafogo, equipe de outro treinador português, Artur Jorge, já é histórico de maneira interna, por ter quebrado o jejum de 29 anos do clube em torneios nacionais e internacionais, mas pode ganhar um simbolismo ainda maior na história.
Em 2024, indiscutivelmente, possui o melhor futebol do Brasil, fazendo com que todos os adversários se adaptem à sua estratégia, nem que seja apelando para o exagero defensivo. Muitos nomes do elenco já se candidatam a entrar para o hall dos maioresdo Botafogo, junto de Garrincha, Jairzinho e Nilton Santos, como o atacante Luiz Henrique, mas ainda será necessário mais tempo e conquistas pelo clube para se eternizarem.
Com o título brasileiro, o clube disputaria pelo menos sete competições em 2025, estreando na Supercopa do Brasil (contra o Flamengo) e Recopa Sul-Americana (contra o Racing-ARG), e jogando o novo Mundial de Clubes da Fifa, além de Campeonato Carioca, Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil.
A taça nacional também renderia R$ 48,1 milhões (premiação para o campeão, segundo o UOL). Pela Libertadores, o Botafogo embolsou quase R$ 200 milhões.
Hoje, às 21h30, diante do Internacional, em Porto Alegre, em partida válida pela 37ª e penúltima rodada, o Botafogo tem primeiro “match point” no Brasileirão. A depender de um tropeço do Palmeiras contra o Cruzeiro, também fora de casa, o alvinegro pode abrir vantagem irreversível para a última rodada — atualmente, são três pontos de diferença (73 a 70) — e conquistar o título no Beira-Rio.
