O presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou nesta quinta-feira (27/10), durante live semanal em suas redes sociais, que vai manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600 no próximo ano. O benefício mínimo é de R$ 400 e ganhou um bônus de R$ 200, com a aprovação da PEC dos Auxílios. No entanto, a legislação prevê pagamento somente até dezembro.

O atual mandatário, que concorre ao segundo turno das eleições presidenciais, garantiu que vai manter o valor, caso seja reeleito.

“Eles [o Partido dos Trabalhadores] me acusam o tempo todo de reduzir no ano que vem. Se nós criamos, eu vou manter. Nós temos recursos para tal”. Segundo Bolsonaro, atualmente, o governo aplica R$ 12 bilhões por mês para pagamento do benefício.

Durante a transmissão, ele apresentou um suposto programa de governo atribuído ao candidato a vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSD). Entre as medidas do documento, segundo Bolsonaro, estão a diminuição do valor do Auxílio Brasil, o aumento da contribuição para microempresários, entre outras ações.

O documento, chamado Contribuições para um Governo Democrático e Progressista, no entanto, é assinado por economistas e não menciona, em momento algum, o ex-governador de São Paulo.

“Os autores deste documento formam um grupo apartidário, mobilizado pelo desejo de contribuir com o debate público e preocupado com os riscos à democracia e ao desenvolvimento do Brasil”, afirmam os economistas.

“A pretensão não é apresentar um programa de governo completo, mas contribuições e ideias úteis para lideranças políticas comprometidas com o Estado Democrático de Direito e com o bem público. O trabalho foi desenvolvido por iniciativa própria e a título pessoal, sem qualquer vinculação com as entidades a que os autores pertencem”, ressaltam.