O presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu, neste sábado (13/8), a acusação feita pelo ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que o acusou de roubar dinheiro da gasolina em seu gabinete quando era deputado federal. Apontado em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Lula (PT) e Bolsonaro, Ciro vem dizendo que os dois oponentes são corruptos.
Sobre Bolsonaro, de quem foi colega na Câmara dos Deputados, o pedetista afirma ter documentos comprovando ilegalidades no uso de combustível e no pagamento de funcionários.
“O que é roubar gasolina? Nota de posto de combustível: ou você apresenta nota a nota ou a nota mensal. E tem mês que você gasta mais, gasta menos. Agora, temos um limite para gastar. Tinha um percentual para gastar da verba de gabinete”, iniciou Bolsonaro ao ser questionado sobre o assunto, em entrevista ao canal no YouTube Cara a Tapa, com Rica Perrone.
“Tá me acusando da gasolina de verba de gabinete? Ah, pelo amor de Deus. Me acuse de mexer com emenda, ô Ciro, me acuse de mexer com emenda”, prosseguiu.
Por fim, Bolsonaro concluiu que o adversário não teria de que acusá-lo: “Ladrão de gasolina… Ô Ciro, pelo amor de Deus, Ciro. Você tá… A tua maconha tá estragada ô Ciro. Maconha estragada faz isso aí. Não tem o que acusar”.
Minutos antes, na mesma entrevista, o chefe do Executivo federal admitiu que a prática das “rachadinhas”, que consiste no confisco de parte dos salários dos funcionários públicos e é configurada como crime de peculato, é algo comum. “É uma prática meio comum, concordo contigo. Não é só no Legislativo não, também no Executivo municipal, até em um outro poder também, tá? E em cargo de comissão você pode botar quem quiser.”
Entrevista
Do Rio de Janeiro, Bolsonaro concedeu uma entrevista de cerca de três horas ao canal Cara a Tapa. O pico de audiência chegou a 400 mil visualizações. O irmão do ator Bruno Gagliasso, Thiago, também esteve presente no estúdio de onde a conversa foi transmitida. Thiago será candidato a deputado estadual pelo PL.
Ao fim da entrevista, Bolsonaro atendeu a um telefonema da primeira-dama Michelle Bolsonaro, que pedia para ele encerrar o bate-papo, justificando o compromisso assumido com a Marcha para Jesus, evento evangélico que vai contar com a presença do casal presidencial na tarde deste sábado, também no Rio.
*Com informações metrópoles