Em uma live realizada na noite desta quarta-feira, 2, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou o presidente Lula e falou pouco sobre os seus candidatos a prefeitos em todo o país. A live tinha justamente esse objetivo: o de catapultar as candidaturas do PL, que estão tendo dificuldades para chegar ao segundo turno.
“Lula faz uma live aí. Vê se bate 5 mil [pessoas acompanhando simultaneamente]. Para a rua você [Lula] não vai, nem para beber uma 51 [cachaça]. Você vai receber uma chuva de ovos se for para uma carreata. Só os presídios comemoraram a vitória dele”, disse o ex-presidente.
Ao ser questionado sobre a candidatura de Alexandre Ramagem (PL), no Rio de Janeiro, Bolsonaro admitiu que seu candidato terá “uma luta difícil”. “Vamos tentar fazer com que haja segundo turno. Eu acredito que é possível. Amanhã a gente arregaça as mangas e começa pela manhã um ato na Avenida Brasil”, declarou o ex-presidente.
“Se você votar no Paes vai estar votando para o Lula administrar seu dinheiro. Nem bom administrador o Paes é”, acrescentou Bolsonaro.
Bolsonaristas abandonam candidato de Bolsonaro em São Paulo
Como mostramos, deputados federais bolsonaristas abandonaram o palanque de Ricardo Nunes (MDB) e passaram a pedir voto para Pablo Marçal (PRTB).
Segundo a Folha, a lista – que já contava com nomes como Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Zé Trovão (PL-SC) – amentou com a adesão de Marco Feliciano (PL-SP). Outros deputados federais com forte presença nas redes sociais devem seguir o mesmo caminho, a se depender dos rumos das últimas pesquisas que serão divulgadas até domingo.
Esses deputados argumentam que se sentiram cobrados por seus eleitores nas redes sociais a abandonar o barco de Nunes.
Os bolsonaristas ignoraram, inclusive, a decisão de Eduardo Bolsonaro de manter-se firme como um dos fiadores da campanha de Nunes. Eduardo tentou mostrar a seus seguidores que Nunes era uma opção mais viável que Marçal nas redes sociais para enfrentar Guilherme Boulos (PSOL), mas não obteve sucesso.
Para tentar conter a crítica dos seguidores, o PL indicou o vice de Nunes, coronel Mello Araújo, mas nem isso deixou a candidatura do emedebista palatável ao paladar do eleitor bolsonarista, que viu em Marçal um autêntico representante dos valores do antigo Jair Bolsonaro.
O PL é o principal doador da campanha do prefeito com um aporte de 17 milhões. Mas o presidente da República, em si, não fez campanha com o prefeito emedebista e disse que iria fazê-lo apenas em ‘momento específico’. Em outras capitais, como Goiânia, por exemplo, Bolsonaro subiu no palanque de personagens menos expressivos, embora mais alinhados ao bolsonarismo.
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