O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse esperar que seu adversário na disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), “parta para a baixaria” no debate da TV Globo nesta sexta-feira (28), a dois dias do segundo turno das eleições.
Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo também afirmou hoje que o petista “é recebido pelo tráfico” no Rio de Janeiro, em referência à visita que o candidato do PT fez ao Complexo do Alemão no último dia 12.
“O Lula esteve no Complexo do Alemão. Ele foi conversar com o povo honesto, trabalhador? Porque 99% do povo é honesto e trabalhador lá. Não foi conversar com o povo. Será que ele propôs o desarmamento lá para os traficantes? Botou o boné lá do CPX”, declarou o presidente.
E continuou.
“Amanhã, esse assunto pode voltar por ocasião do debate, o Lula querer me atacar, ‘miliciano, aquela história toda’, ‘Bolsonaro miliciano’, a mentirada toda dele. Ele vai querer partir para a baixaria, possivelmente. Mas o Lula é recebido com tapete vermelho pelo tráfico aqui no Rio de Janeiro”, emendou.
Segundo apurou o Broadcast Político, Bolsonaro só vai treinar para o debate amanhã. A agenda do presidente, que está no Rio, não mostra nenhum compromisso para esta sexta-feira. Na live, o candidato à reeleição também disse que Lula quer legalizar as drogas.
“E você Lula foi recebido lá no Complexo do Alemão desacompanhado de policiais civis e militares. Nessas comunidades, pessoas como você, só entram autorizados pelo tráfico. E você estava autorizado”, disse.
Durante o primeiro debate presidencial na TV no segundo turno, organizado pela Band e outros veículos de comunicação, em 16 de outubro, Bolsonaro já havia citado a visita de Lula ao Complexo do Alemão.
“Os bandidos o senhor sabe onde estão. Um vizinho seu tinha 100 armas dentro de casa, o senhor sabe. Esse não era da favela do Complexo do Alemão, esse, quem sabe, morava num apartamento numa avenida Copacabana. E por que achar que bandido está só no lugar dos pobres? Os grandes bandidos estão no lugar dos ricos. Os pobres são trabalhadores”, respondeu o petista, na ocasião.
*AE