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Bolsonaristas festejam reportagem que aponta mentira de Mauro Cid para Moraes: “O fim da farsa”

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A revelação de que Mauro Cid mentiu ao STF provoca reações intensas entre os apoiadores de Jair Bolsonaro nas redes sociais.

A revelação de que o tenente-coronel Mauro Cid teria mentido em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) provocou forte reação entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na noite desta quinta-feira (12). O assunto subiu rapidamente para os mais comentados do X (antigo Twitter).

Após a publicação da reportagem da Veja, que expôs mensagens contradizendo declarações do ex-ajudante de ordens, parlamentares, influenciadores e apoiadores do bolsonarismo usaram seus perfis para reforçar a tese de que a delação de Cid teria sido manipulada e usada politicamente.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou o episódio como “o fim da farsa do golpe” e defendeu uma “anistia ampla, geral, irrestrita e imediata”. Já o comentarista Paulo Figueiredo afirmou que sempre alertou sobre a suposta coação sofrida por Cid e disse que sua colaboração foi “obtida sob tortura e ameaça aos seus familiares”.

Foto: Reprodução / VEJA

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi direto: “Mauro Cid mentiu! Depois disso o julgamento fake deveria ser anulado.” Já o ex-procurador Deltan Dallagnol reproduziu mensagens atribuídas a Cid, nas quais ele relata tentativas de manipulação em sua delação: “Várias vezes eles queriam colocar palavras na minha boca… E eu pedia para trocar”.

A ex-jogadora Ana Paula Henkel também criticou o andamento do inquérito. “Um inquérito persecutório e uma denúncia política e mentirosa baseados unicamente em UMA delação: a de Mauro Cid. E agora, Alexandre?”, escreveu, fazendo referência ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

O que dizem as mensagens

O material divulgado apresenta capturas de tela de uma suposta troca de mensagens entre o militar, utilizando um perfil identificado como “Gabriela R”, e uma pessoa do círculo próximo do ex-presidente.

Segundo a publicação, o conteúdo indicaria um possível jogo duplo do delator: o militar comenta abertamente as longas sessões de depoimento pelas quais vinha passando — “Foram três dias seguidos” — e expressa incômodo com a atuação dos investigadores — “Toda hora queriam jogar para o lado do golpe… e eu falava para trocar porque não era aquilo que tinha dito”. No STF, contudo, Cid negou ter mantido conversas em redes sociais relacionadas ao inquérito sobre a tentativa de golpe.

O processo pode ser anulado?

Apesar da euforia entre os aliados de Bolsonaro, uma eventual mentira em trecho do depoimento de Mauro Cid não invalida automaticamente o processo como um todo, já que algumas revelações já foram checadas. Contudo, a legislação prevê que o colaborador deve dizer toda a verdade, sob pena de perder os benefícios do acordo e responder por falso testemunho.

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