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Boi Caprichoso ganha o 26º título e é tricampeão do Festival de Parintins 2024

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Com o tema “Cultura - O Triunfo do Povo”, o Touro Negro da América venceu a por um décimo de diferença e conquistou pela segunda vez o título de tricampeão do Festival de Parintins 2024

O Boi Caprichoso é campeão do 57º Festival de Parintins, e conquista seu 26º título. O touro negro vem ganhando os títulos há 2 anos, e agora é tri-campeão.

Na abertura do 57º Festival de Parintins, nesta sexta-feira (28), o Boi Caprichoso, com o tema “Cultura – O Triunfo do Povo”, apresentou o subtema “Raízes: O Entrelaçar de Gentes e Lutas”. O espetáculo destacou as tradições e a história do boi-bumbá azul, emocionando o público.

Já na segunda noite de espetáculo,  o boi azulado exaltou os povos indígenas e ribeirinhos com o tema Tradições: O Flamejar da Resistência Popular. O Touro Negro encantou o público com alegorias surpreendentes, mesclando toadas novas e antigas. 

Fechando o festival, o Caprichoso fez apelo contundente em favor da proteção da floresta e dos povos originários, a partir do tema “Saberes, o Reflorestar das Consciências”.

Confira resultados de todas as noites:

28 de junho

Caprichoso ganhou a primeira noite com 419,9; Garantido teve 419,7

Item galera, que ganha um prêmio separado, empatou na mesma noite.

29 de junho

Caprichoso e Garantido empataram com 419,8.

A galera também empatou

30 de junho

As três noites do espetáculo

O Caprichoso já abre a primeira noite de apresentações com o subtema “Raízes: o entrelaçar de gentes e lutas”, para celebrar as origens do boi da Francesa. Do alto do guindaste, a monumental alegoria do artista Roberto Reis, responsável pela lenda “A Dama da Noite” não surpreendeu somente pelo tamanho, mas pelo momento em que a cobra boiúna foi içada por um gavião, subiu mais de 30 metros do chão com a cunhã-poranga, Marciele Albuquerque, que durante a evolução para os jurados se transmutava em serpente. A apresentação encerrou com o ritual indígena “Mothokari, a fúria do sol” com participação do líder indígena, escritor e xamã, Davi Kopenawa Yanomami, 68 anos.

No segundo ato no sábado (29), com o subtema “Tradições: o flamejar da resistência popular”, o bumbá apresentou uma noite das tradições: festa, povo e histórias que compõe o boi e a história de Parintins. O Caprichoso com o rosto pintado de efun, junto do tripa Alexandre Azevedo, entrou primeiro na arena para evoluir como o Málùú Dúdú, o boi agbara. A Figura Típica Regional, “O pescador da Amazônia”, alegoria assinada pelos artistas Márcio Gonçalves e Marlúcio Pereira, 46 anos, surgiu para celebrar o caboclo que vive da pesca e do manejo. A falange de jacarés do ritual “Mística Marubo” encerrou a segunda noite do boi Caprichoso neste com a alegoria assinada pelo artista Kennedy Prata, 38 anos, impressionando pela transformação de Vimi Peya, xamã Marubo, em falange de jacaré para, em um segundo momento, emergir a maloca profunda da alegoria, com jatos de água que inundaram a Arena. A noite também foi marcada pelas coreografias.

“Rito de Cura da Terra: Awa Guajá” fechou a terceira noite de apresentação do boi Caprichoso na madrugada desta segunda-feira (1º). A noite foi marcada por tecnologia nas alegorias com luzes de led, projeções holográficas no chão da arena, assim como nas alegoria. O boi da Francesa apresentou a reedição do Ritual da Vida (1998). Angela Mendes, filha do seringueiro, sindicalista e ativista político, Chico Mendes, ao lado de José Tupinambá entraram na arena com o relógio do clima que marcava 5 anos, 21 dias, e 11h59. O pajé Erick Beltrão cantou a toada Unankiê: um lamento amazônico (1994) para convocar os povos originários a dançar. A reedição do Ritual da Vida contou com uma imensa tarântula que desceu do céu e em uma teia pegou indígenas para completar o rito.

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