Amazonas – O vice-prefeito eleito do município de Lábrea, João Roberto, fez uma denúncia alarmante e revoltante nas redes sociais, nessa quinta-feira (20), referente ao estado caótico e de abandono em que se encontra o Hospital Regional de Lábrea (HRL). Todos os médicos da unidade de saúde teriam sido demitidos e com isso, crianças e idosos correm risco de morte pela falta de atendimento.
Em um vídeo publicado no Instagram, o vice-prefeito eleito cobra o governador do Amazonas, Wilson Lima, e demais autoridades para que façam algo em prol dessas vidas que correm risco e estão padecendo no hospital que conta com uma estrutura precária. No forte vídeo, um bebê de apenas dois meses aparece chorando enquanto vomita sangue.
Segundo relatos, esse bebê foi levado às 05h30 da tarde para o Hospital e somente às 21h da noite eles foram atendidos. “Eu sou pai e temo pelo pior”, disse o mototaxista que levou a mãe da criança às pressas para o HRL.
Todo esse cenário apocalíptico e desesperador é por conta que a empresa OS POSITIVA, supostamente responsável por contratar a cooperativa de saúde que atende o município, neste caso a SERMECI, decidiu encerrar o contrato sem qualquer aviso prévio. Sendo assim, os médicos foram dispensados e a situação só se agravou.
Supostamente, a OS POSITIVA tomou tal atitude por não ter mais como pagar a cooperativa SERMECI, devido a um atraso de três meses do Governo do Amazonas.
Diante do cenário lamentável e preocupante, o vice-prefeito eleito, João Roberto, pediu uma intervenção federal para que saúde do município seja fiscalizada e tenha a atenção devida. O trabalho de fiscalizar as unidades hospitalares do interior do Amazonas é de competência da Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM), mas, segundo João, essa fiscalização não acontece.
“A incompetência desses secretários que passam por essas pasta não tem tamanho. O caos que se instaurou em Manaus anos após anos agora se espalha para as cidades do interior. É inadmissível que a gente, enquanto cidadão, aceite isso calado e braços cruzados”, escreveu João.
João reiterou que irá denunciar o caso ao Ministério Público Federal. O Portal CM7 Brasil solicitou uma nota, via e-mail, da SES-AM mas até o fechamento desta matéria não teve retorno.
Vale ressaltar que após inúmeras tentativas de não se responsabilizar pela gestão do Hospital Regional de Lábrea, o Governo do Amazonas foi obrigado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a assumir a administração do hospital. Desde então, o descaso só teria se agravado.
Alerta já tinha sido dado: A Paralisação
Ainda no dia 12 deste mês, os médicos do Hospital Regional de Lábrea (HRL) já haviam feito uma paralisação em protesto ao atraso salarial de três meses. Na ocasião, apenas os serviços de urgência e emergência foram mantidos. Os pacientes classificados com fichas amarela, laranja e vermelha continuariam recebendo atendimento, assim como:
Atendimento a pacientes hospitalizados nas clínicas médicas;
Atendimento obstétrico e perinatal;
Acompanhamento de remoções por UTI aérea;
Atendimentos cirúrgicos de urgência e emergência.
Os atendimentos para casos classificados com fichas azuis e verdes, considerados não urgentes pelo Protocolo de Manchester, seriam direcionados para as Unidades Básicas de Saúde do município.
Veja vídeo:
*Com informações cm7brasi