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Barroso: “Guerra às drogas fracassou”

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Presidente do STF defendeu debate sério e sem preconceito sobre o assunto e afirmou que o atual embate não deu certo

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou, nesta quarta-feira, 6, que a “guerra às drogas fracassou”.

“É um fato”, disse o juiz do STF, durante o julgamento que pode descriminalizar parcialmente o porte da maconha para consumo. “Desde a década de 1970, adotou-se uma política dura de repressão à cadeia de produção, distribuição e fornecimento de drogas ilícitas, assim como ao consumo. Foram dispendidos ainda bilhões de dinheiros com o enfrentamento policial e militar, com dezenas de milhares de mortos e de centenas de milhares de pessoas encarceradas. A despeito disso, o consumo só fez aumentar e a violência e a criminalidade associadas ao tráfico explodiram em diferentes partes do mundo, especialmente na América Latina e, particularmente, no Brasil.”

Dessa forma, Barroso defendeu a “discussão séria e sem preconceito” da questão das drogas no Brasil. Conforme o presidente do STF, o que tem sido feito até o momento “não deu certo”.

Presidente do STF disse ser contrário a drogas ilegais

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Sessão de abertura dos trabalhos do Judiciário – 01/02/2024 | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo

Ainda de acordo com Barroso, o consumo de drogas ilícitas tem efeitos “potencialmente deletérios”. “Por isso, o papel do Estado e da sociedade deve ser o de desincentivar, tratar os dependentes e combater o tráfico”, disse.

Segundo Barroso, seus dois filhos foram criados em uma cultura de não consumo de entorpecentes. Sendo assim, ele não desejaria algo semelhante a outras famílias.

O presidente do STF esclareceu que o julgamento em questão no STF não trata da legalização da maconha, mas, sim, da diferenciação entre usuário e traficante.

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