A empresária Ana Claudia Soeiro Soares, proprietária do Bar do Armando e organizadora da Banda da Bica, anunciou ontem nas redes sociais que a festa deste ano está suspensa, assim como ocorreu no ano passado, por conta da pandemia da Covid-19.
Ela também disse que não pretende lançar nenhuma marchinha oficial, desmentindo informações que circularam na cidade, dando conta de que uma música atacando o senador Eduardo Braga (MDB) seria a oficial deste ano.
Banda Independente Confraria do Armando, a NOSSA estimada BICA, vem a público informar aos Biqueiros, amantes do Carnaval de Rua e a população da querida Manaus que este ano, assim como no ano de 2021, devido a suspensão do Carnaval de Rua de Manaus em consequência da pandemia de Covid-19, NÃO lançaremos a NOSSA MARCHINHA OFICIAL para o Carnaval 2022″, postou a empresária.
“Assim como todos, estamos ávidos para brincar o carnaval, mas sabemos que não é o momento! Se cuidem para que em breve nós possamos estar juntos novamente para brincar com saúde e alegria!”, concluiu.
Tradição
A Bica tem a tradição de ironizar a classe política nas letras de sua marchinha, que é muito aguardada todos os anos. Também ocorreu em várias ocasiões o lançamento de músicas paralelas, diferentes da oficial, tentando responder ou contrapor a letra lançada pelos biqueiros.
O componente político está no DNA da banda de carnaval mais tradicional de Manaus, surgida a partir da organização de frequentadores do também tradicionalíssimo Bar do Armando, fundado pelo empresário português, pai da atual proprietária, morto em 2012. Ele foi tema inclusive de um enredo campeão do Carnaval das Escolas de Samba de Manaus, em 1999.
Àquela altura quem o homenageou foi a Reino Unido da Liberdade.No caso deste ano, uma marchinha foi divulgada na semana passada como sendo a da Bica, mas na verdade tratou-se de uma iniciativa de adversários do senador Eduardo Braga, na tentativa de atacar o político.
