Após a determinação da Juíza Federal titular da 1ª Vara do Tribunal Regional Federal, Jaiza Maria Pinto Fraxe, para que Governo Federal, o Governo do Estado e a Prefeitura de Manaus tome providências para evitar atos ilegais na ocupação que ocorre em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), uma força tarefa entre os órgãos foi montada e se dirigiu até o local na manhã desta quarta-feira (16), na zona Oeste de Manaus.
A determinação da juíza visa cessar ilegalidades na ocupação, como furto de energia (por exemplo, uso da energia do CMA pelos participantes do ato); permanência de crianças de forma permanente no local; interrupção do trânsito e utilização de barulhos “ensurdecedores”.
Em um primeiro momento, agentes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) conversou com a frente dos manifestantes, sobre a fiscalização no local. De acordo com diretor de operações do IMMU, Stanley Ventilari, neste primeiro momento foi feita uma orientação para a retirada dos veículos que ocupam a ciclofaixa.
“Precisamos liberar tanto a avenida para a circulação de pessoas quanto a calçada para a circulação de pedestres. Caso isso não seja cumprido, teremos que fazer a retirada destes veículos, juntamente com os órgãos de fiscalização”, explicou.
Acompanhados por agentes da Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, agentes do Conselho Tutelar fiscalizaram as barracas e pontos de concentração para verificar se crianças ou adolescentes estavam presentes no local e não encontraram.
Antes de chegarem, a equipe de reportagem da Acrítica flagrou crianças no local, mas responsáveis as retiraram com as chegadas de equipes fiscalizadoras. Os manifestantes repudiaram a atitude dos agentes do Conselho Tutelar, fazendo denúncias de crianças que ficam em semáforos todos os dias, pela cidade.
Um dos manifestantes que se identificou apenas como Josué, afirmou que ninguém está na frente do CMA infringindo qualquer Lei, afirmando mais uma vez que foram repassadas apenas orientações.
“Em nenhum momento disseram que iriam nos retirar. Pediram apenas que garantíssimos o direito de ir e vir das pessoas. Aqui não estamos defendendo o presidente (Jair Bolsonaro), mas a sim a nossa bandeira, então temos que agir conforme a lei, que é o que estamos fazendo”, garantiu.
Vale ressaltar que apesar dos manifestantes não concordarem com as medidas tomadas pela juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, não houve qualquer tipo de confusão com a polícia.