Na semana passada, Valentina Petrillo, atleta trans da Itália, que nasceu do sexo masculino, bateu o recorde dos 200 metros rasos na categoria feminina. Dessa forma, passou a acumular na carreira oito vitórias contra outras mulheres.
Petrillo, que se chama Fabrízio, passou por um processo hormonal e obteve uma licença para concorrer contra atletas de mais de 50 anos. Os resultados de Petrillo vêm surpreendendo os técnicos, as adversárias e até esquerdistas.
O estatístico Marco Alciator, ao analisar o desempenho de Petrillo, disse ser “dificilmente digno de elogios”, já que, se o atleta trans estivesse nas disputas masculinas, a marca não estaria nem no top 10 dos recordes.
A competição que deu a vitória a Petrillo viralizou nas redes sociais, visto que nenhuma mulher havia corrido tão rápido (26 segundos) nessa distância antes.
Depois do fim da corrida, os torcedores contestaram o resultado e gritaram o nome de Cristina Sanulli, que ficou em segundo lugar.
Não foi a primeira vez que as atletas contestaram Valentina. Mais de 30 atletas italianos chegaram a fazer um abaixo-assinado em que levantavam a questão de sua superioridade física, algo que tornava a competição “injusta”.