Pelo menos 39 pessoas morreram em um ataque russo à estação de trem de Kramatorsk, em Donetsk, no leste da Ucrânia, nesta sexta-feira (8/4). A informação foi confirmada nas redes sociais pelo governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko.
De acordo com Kyrylenko, milhares de civis estavam na estação aguardando um trem para deixar o país, quando um míssil russo atingiu o local. Além dos 39 mortos, há 87 pessoas feridas, segundo a imprensa internacional.
“Os russos sabiam exatamente quem estavam mirando”, escreveu Kyrylenko em uma rede social.
Veja imagens do local:
O governador chamou os militares russos de “racistas”. “Queriam fazer reféns, o maior número possível de pessoas pacíficas. Queriam destruir tudo o que fosse ucraniano. A federação russa é um país de vilões e criminosos. O mal deve ser detido e, claro, punido”, escreveu.
Kyrylenko também publicou imagens do local. As fotos registram dezenas de corpos no chão, ao lado de malas e mochilas. Outra publicação mostra uma grande nuvem de fumaça e autoridades de segurança tentando conter as chamas. Veja:
Nova estratégia
O sul da Ucrânia está sitiado por tropas russas, e o leste passou a ser alvo de bombardeios massivos. Essa é a nova configuração da estratégia militar do país comandado pelo presidente Vladimir Putin.
O Exército russo abandonou Kiev e regiões próximas da capital para concentrar os esforços das tropas em áreas separatistas pró-Rússia na região de Donbass, onde estão Donetsk e Lugansk, que se autoproclamaram independentes da Ucrânia.
Nos últimos dias, segundo relatos de agências internacionais de notícias, os bombardeios nesses locais aumentaram muito, em preparação para a ofensiva terrestre.
Na quinta-feira (7/4), 93 países aprovaram a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Foi um revés diplomático importante. Depois da decisão, o país de Vladimir Putin anunciou que estava abandonando o conselho.