São Paulo – Após a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) deliberar por sua cassação nesta terça-feira (17/5), o deputado Arthur do Val (União) disse que “foi promovida uma perseguição” contra ele, e que o foco principal do processo não era o seu mandato, “mas sim retirá-lo da disputa eleitoral deste ano”.
“A desproporção da sua punição fica evidente, já que a mesma Casa foi branda em relação a casos muito mais graves, como o do parlamentar Fernando Cury, que apalpou os seios de uma deputada e foi suspenso por apenas seis meses”, afirmou em nota o ex-deputado.
Por 73 votos, o plenário da Casa manteve a deliberação do Conselho de Ética, que, em 12 de abril, havia decidido que Mamãe Falei quebrou o decoro parlamentar ao proferir falas sexistas sobre mulheres ucranianas no início de março.
Ninguém votou contra a cassação. Para confirmar a perda de mandato, eram necessários 48 votos entre os 94 deputados estaduais.
Em 20 de abril, Arthur do Val renunciou ao mandato. Entretanto, a Casa encarou a renúncia como uma manobra para evitar a inelegibilidade, e manteve o processo contra ele.
Em março, o deputado foi até a Ucrânia, sob o pretexto de auxiliar a resistência local contra a invasão russa. Lá, ele enviou áudios a colegas do Movimento Brasil Livre (MBL).
Nas mensagens, o parlamentar afirma que as refugiadas que ele encontrou na fronteira entre a Eslovênia e a Ucrânia “são fáceis, porque são pobres”. Diz também que a fila de baladas brasileiras “não chega aos pés da fila de refugiados aqui”.
*Com informações metrópoles