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Apresentador do Festival de Parintins é afastado do Bumbódromo por ordem do Governo

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Apresentador do Festival de Parintins é afastado do Bumbódromo por ordem do Governo

O humorista Thiago Caldeira, mais conhecido pelo personagem Abdias, O Cabucão, foi comunicado ontem à noite pelo prefeito de Parintins, Bi Garcia (União), que não será o apresentador do Festival Folclórico deste ano. Há mais de 20 anos presente na festa, seja como o Pai Francisco do Caprichoso, seja animando a arena antes da apresentação dos bumbás, o artista está fora de todos os eventos, até mesmo a Festa dos Visitantes, organizada pela Prefeitura. Ele é crítico do governador Wilson Lima (União), de quem teria partido a ordem para afastá-lo.

Caldeira está na carreira há pelo menos 30 anos, desde que começou, em Parintins. Um dos humoristas mais conhecidos do Estado, ele viralizou com a paródia “Vou Cagar nas Calças”, em 2013, que atingiu mais de três milhões de visualizações nas redes – 1,5 milhão apenas o clipe oficial.

Além do Abdias, que hoje continua fazendo sucesso inclusive com o programa de entrevistas PodMais, na Record News Manaus, ele também tem outros personagens de repercussão, como Shirley Ketchevara, que surgiu em um programa de rádio no início dos anos 2000 e rapidamente conquistou o público.

Em Parintins ele fez parcerias históricas, como aquela com o comediante Juliano Santana, o Petro Velho, que chegou a exercer dois mandatos de vereador graças ao sucesso deles. Os dois encarnaram por 15 anos os personagens Pai Francisco e Catirina no boi azul.

Desde 2016 Caldeira apresenta o boi na Arena. É missão dele animar a plateia antes das apresentações dos bumbás. Faz o mesmo na Festa dos Visitantes e em eventos paralelos. Ontem foi informado de que está vetado de todos e chegou a se emocionar.

Críticas

Caldeira perdeu o pai na segunda onda da Covid-19 e revoltou-se com a falta de oxigênio em Manaus. Fez vídeos e esquetes criticando o governador, todos com grande repercussão. Por isso passou a ser visto como um opositor de Lima.

“Isso que ele está fazendo é perseguição. O artista tem que ser livre para expressar sua opinião. Eu não misturo as coisas. Na arena jamais faria pronunciamentos políticos, mas nas minhas redes eu faço o que quero”, disse o comediante.

No mês passado ele recebeu uma intimação para comparecer à Delegacia Geral de Polícia, aonde foi ouvido sobre uma denúncia do governador, que o acusava de calúnia, injúria e difamação. Ele prestou depoimento, sem a presença de um advogado, e foi liberado.

O Governo não se pronunciou sobre o afastamento do artista do Festival de Parintins.

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