Apenas um dia após a Rússia afirmar ter impedido um ataque de lanchas contra um de seus navios de guerra, a Ucrânia respondeu à provocação apontando ter conseguido atingir a embarcação de reconhecimento inimiga “Ivan Khurs” com um drone. Um vídeo publicado nas redes sociais do Ministério da Defesa ucraniano mostra o momento em que o objeto se aproxima do que seria um navio russo, alcançando o alvo — embora a imagem seja cortada no momento do suposto impacto.
“Quando o navio de reconhecimento russo ‘Ivan Khurs’ encontrou um drone ucraniano. De fato, uma combinação perfeita!”,
ironiza o Ministério da Defesa da Ucrânia na publicação do vídeo em suas redes sociais.
Nesta quarta, imagens divulgadas pelo Ministério da Defesa russo na televisão estatal mostraram a aproximação de uma das alegadas lanchas ucranianas, que explodem numa “bola de fogo” após a reação russa.
“Hoje, às 5h30 (23h30 no horário de Brasília), as Forças Armadas da Ucrânia tentaram atacar, sem sucesso, o navio ‘Ivan Khurs’, da Frota do Mar Negro, usando lanchas sem piloto (…) na zona econômica exclusiva da Turquia”,
informou o Ministério de Defesa da Rússia no Telegram.
De acordo com Moscou, o ataque aconteceu enquanto o navio russo “executava tarefas para garantir a segurança do funcionamento dos gasodutos Turkish Stream e Blue Stream”, usados pela Rússia para exportar gás para a Turquia.
“Todas as embarcações inimigas foram destruídas com tiros de armas convencionais do navio russo, a 140 quilômetros a noroeste do Estreito de Bósforo”,
especificou o ministério russo.
Guerra no Mar Negro
Vários incidentes com navios de guerra ou aviões russos aconteceram no Mar Negro desde o início da ofensiva na Ucrânia, em 22 de fevereiro de 2022. Em março deste ano, dois caças russos interceptaram um drone americano sobre o Mar Negro e o derrubaram. O episódio levou a uma breve escalada de tensões entre Washington e Moscou.
Em abril de 2022, a Ucrânia afirmou ter afundado o cruzador russo “Moskva” com mísseis, embora a Rússia tenha alegado que o acidente foi causado pela munição a bordo do navio.
A área também é utilizada para a exportação de grãos ucranianos – cruciais para os países africanos e asiáticos –, graças a um acordo patrocinado pela ONU e pela Turquia. Na semana passada, esse pacto foi prorrogado por dois meses.